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Cuidados Paliativos: Por que eu importo?

Encontro aborda a importância do cuidado integral e das

diversas formas de aliviar a dor e proporcionar qualidade

de vida às pessoas com doenças que ameaçam a vida

“Ao cuidar de você no momento final da vida, quero que você sinta que me importo pelo fato de você ser você, que me importo até o último momento de sua vida e, faremos tudo que estiver ao nosso alcance, não somente para ajudá-lo a morrer em paz, mas também para você viver até o dia de sua morte.” A frase é de Dame Cicely Mary Saunders, uma enfermeira inglesa, criadora do movimento Hospice e dos Cuidados Paliativos no mundo. Essa também é a tônica do AMMG Cultural no dia 29 de outubro, às 19h30, na sede da AMMG, com o tema mundial ‘Cuidados Paliativos: Por que eu importo?, com Alexandre Ernesto Silva, enfermeiro, mestre e doutor na temática em cuidados paliativos. A iniciativa é da Sociedade de Tanatologia e Cuidados Paliativos de Minas Gerais (Sotamig), em parceria com a Associação Médica de Minas Gerais (AMMG).

Em 2002, a Organização Mundial de Saúde (OMS), definiu os Cuidados Paliativos sendo um conjunto de ações como uma abordagem ou tratamento que melhora a qualidade de vida de pacientes e familiares, diante de doenças que ameacem a continuidade de sua existência. Segundo a OMS, cerca de 40 milhões de indivíduos no mundo precisam de cuidados paliativos. Metade delas já se encontra em fase final de vida, enquanto a outra está com a doença em curso. De acordo com pesquisadores, apesar de a necessidade ser grande, para a maioria das pessoas, alguma intervenção já traria benefícios. Cerca de 5% a 10% precisam de cuidados extremamente especializados, mas para 60% a 70%, intervenções básicas já seriam suficientes. No entanto, somente 14% da população é assistida, enquanto 86% não têm nada e morrem com dor e sofrimento.

De acordo com Alexandre Ernesto Silva, o grande mote desse encontro, além de mostrar as pessoas o que são os Cuidados Paliativos, é falar da importância em se preocupar com o sofrimento do outro. “Abordar os cuidados paliativos como filosofia de cuidado e apresentar as diversas formas de aliviar e tratar sintomas de dimensões físicas, sociais, espirituais e psíquicas. Diferenciar empatia de compaixão e apontar esta última como estratégia magna do cuidado.”

Para a presidente da Sotamig, Sarah Ananda Gomes, é necessário conscientizar a sociedade quanto ao acompanhamento de pacientes com doenças graves e/ou em fase de terminalidade. As ações incluem medidas terapêuticas para o controle dos sintomas físicos, intervenções psicoterapêuticas e conforto espiritual ao paciente e também aos familiares. Um programa adequado inclui as mesmas medidas para os profissionais da equipe médica e de saúde, além de educação continuada. “A condição ideal para o desenvolvimento de um atendimento satisfatório ainda deve compreender uma rede de ações compostas por consultas ambulatoriais, assistência domiciliar e internação em unidade de média complexidade, destinada ao controle de ocorrências clínicas e aos cuidados ao final de vida”, explica.

Após a palestra, será aberto um espaço aos participantes para falar um pouco sobre o tema, fazerem perguntas e exporem suas experiências.

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Alexandre Ernesto Silva

Associação Médica de Minas Gerais

Avenida João Pinheiro - 161

Boa Viagem , Belo Horizonte - MG

30130-183

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A Associação Médica de Minas Gerais (AMMG) nasceu no dia 19 de janeiro de 1946, quando os médicos já se organizavam em sociedades de especialidades, na capital mineira.

O professor Otto Cirne, titular da Diretoria de Saúde Pública na época, orientado juridicamente, propôs a criação de uma entidade única, que congregasse todas as especialidades. Foi constituída uma diretoria provisória, comandada pelo próprio Otto Cirne, primeiro presidente da AMMG.
Nesta época, a Associação era a única instituição representativa da classe no estado e passou a desenvolver, de forma crescente, atividades científicas, sociais e culturais, bem como defender os interesses de seus associados e comunidade.

Alexandre Ernesto Silva

AMMG


Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas (2000), especialização em saúde mental pela UEMG (2004), especialização em gestão hospitalar pelas Faculdades Integradas de Jacarepaguá/ Fundação Getúlio Vargas - FGV (2012), mestrado em Educação, cultura e organizações sociais - na linha de saúde coletiva (Cuidados paliativos) - UEMG (2008) e doutorado em Enfermagem (2018), na linha de Educação e Enfermagem pela Universidade Federal de Minas Gerais com sanduíche na Universidade Católica Portuguesa - Lisboa/Portugal (Cuidados paliativos). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal de São João Del Rei, professor do Curso de Enfermagem e Medicina. Membro e pesquisador voluntário do Grupo de Estudo e Pesquisa em Cuidados Paliativos, do Departamento de Direitos Humanos, Saúde e Diversidade Cultural da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Membro do Observatório português em cuidados paliativos. Desenvolve atividades de ensino, pesquisa e extensão, atuando nos seguintes temas: cuidados paliativos, humanização da assistência em saúde, comunicação em saúde, atenção domiciliar.