INTRODUÇÃO: É sabido que a existência de espaços seguros para discutir condutas contribui para a formação de excelência, e nesse contexto insere-se a simulação realística de comunicação de notícias difíceis. A conversa profissional entre pacientes e médicos molda o diagnóstico, inicia a terapia e estabelece uma relação de cuidado (F Daniel Duffy et al). Portanto, a curricularização de tal prática contribui para o conhecimento ao atender pacientes, demonstrando relevância no cenário de cuidados paliativos. OBJETIVO: Relatar a experiência discente no ambulatório de simulação realística, pela disciplina de Atenção Primária à Saúde, do curso de Medicina da UCPel. MATERIAIS E MÉTODOS: Ao abordar essa prática foram buscadas dinâmicas variadas visando aproximar o aluno da realidade de comunicar uma notícia difícil. Dessa forma, a simulação era interpretada por um aluno que possuía o dever de informar ao paciente a respeito de alguma notícia dolorosa. Na ocasião, transcorria-se o pré “briefing”, uma discussão introdutória para que após, o discente utilizasse de sua bagagem teórica para empregar recursos que facilitariam a comunicação com o paciente e o recebimento menos traumático da notícia. Nesse cenário eram utilizados protocolos como o SPIKES e acrônimos como o FICA. Ao final do atendimento simulado havia o momento “briefing” de debate acerca das condutas, podendo reavaliar postura e agregar conhecimento às verídicas consultas futuras. RESULTADOS: Nota-se relevante mudança na autoconfiança dos alunos perante os cenários de cuidados paliativos, visto que o conteúdo teórico e prático são trabalhados em ambiente seguro e controlado. CONCLUSÕES: Observou-se ao final da experiência, que o cenário simulado é primordial para a formação médica, visto que discute habilidades de comunicação e postura frente às situações. O ambiente possibilita ao aluno o “erro seguro”, pois é regido por profissionais formados e treinados. Logo, é uma técnica realista e contemporânea que possibilita o treinamento de habilidades frente a comunicação de más notícias, corroborando para uma formação médica completa e humanizada dos futuros profissionais.
Comissão Organizadora
Simone da Fonseca Sanghi
Renata Cunha da Silva
JULIETA CARRICONDE FRIPP
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