INTRODUÇÃO
Segundo Twycross (2019), sedação paliativa (SP) é a administração intencional de medicamentos sedativos em dosagens e combinações necessárias para reduzir a consciência de um paciente em estágio terminal tanto quanto necessário para aliviar adequadamente um ou mais sintomas refratários.
A SP pode ser utilizada em vários cenários como hospitais, instituições de longa permanência, hospices e domicílio. A SP domiciliar, apesar de ser considerada viável, uma vez que o ambiente doméstico é geralmente considerado o local de escolha para os pacientes vivenciarem sua fase final de vida, ainda é subutilizada (Garcia et. al, 2022). Com essa justificativa, surge este trabalho de revisão de literatura, que visa explorar a terapia de SP no contexto domiciliar.
OBJETIVO
Revisar a literatura científica sobre a prática da sedação paliativa no domicílio.
MATERIAIS E MÉTODOS
Trata-se de uma revisão de literatura realizada em seis etapas (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2019). As bases de dados utilizadas foram SCIELO, LILACS e Medline, utilizando os descritores DECS/MESH: Cuidados Paliativos/Palliative Care, Serviços de Assistência Domiciliar/Home Care Services, Hipnóticos e Sedativos/Hypnotics and Sedatives, Usos Terapêuticos/Therapeutic Uses combinados com o operador booleano AND. Os critérios de inclusão foram: artigos originais envolvendo pacientes oncológicos maiores de 18 anos com limitação temporal dos últimos 10 anos (2014 a 2024) escritos nos idiomas inglês, português ou espanhol. Inicialmente 28 documentos foram localizados, após a leitura e exclusão dos resumos resultaram quatro artigos para compor a revisão.
RESULTADOS
O fármaco mais utilizado na SP no domicílio foi o midazolam. O delirium foi a indicação de uso mais frequente, seguido de dispneia. O tempo médio de início da SP e óbito foi de poucos dias. Profissionais de saúde e cuidadores ficaram satisfeitos com os resultados obtidos. Apenas um artigo demonstrou o exercício de autonomia por parte do paciente, na tomada de decisão de início da SP.
CONCLUSÕES
A SP é um procedimento aplicável e seguro no ambiente domiciliar para pacientes oncológicos adultos. Mais estudos primários com essa temática são necessários para maiores esclarecimentos e futuras direções.
Comissão Organizadora
Simone da Fonseca Sanghi
Renata Cunha da Silva
JULIETA CARRICONDE FRIPP
Comissão Científica