INTRODUÇÃO: Atualmente, a definição de saúde de um indivíduo contempla o ser em sua totalidade, sendo assim, englobam-se tanto aspectos biológicos como psicológicos, sociais e espirituais. Nesse contexto, a espiritualidade, conceituada como a busca pela compreensão sobre a vida e sua relação com o transcendente, torna-se um tópico essencial para ser abordado no cuidado integral do paciente paliativo, de forma a almejar um dos princípios desta prática, ou seja, garantir uma melhor qualidade de vida ao paciente. Este conjunto de ações auxilia na atenuação deste processo de sofrimento o qual pacientes com doenças incuráveis são inevitavelmente submetidos. OBJETIVO: Abordar a importância da espiritualidade como adjuvante no tratamento de pacientes em cuidados paliativos. MATERIAIS E MÉTODOS: Este trabalho trata-se de um estudo do tipo revisão de literatura narrativa na qual utilizou-se artigos das bases de dados Pubmed, Scielo e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), tendo como base 12 publicações dos últimos 8 anos. Teve-se como descritores “espiritualidade" e “cuidados paliativos", a partir da leitura do título e resumo, sem restrição de idioma. RESULTADOS: Após a revisão de trabalhos científicos, compreende-se que a espiritualidade funciona como um recurso para o enfrentamento de situações de dificuldades e de sofrimento, observadas em pacientes os quais tratamentos curativos não se tornam efetivos. Nesse sentido, pode contribuir para o compreendimento da finitude da vida, e consequentemente tornar esse processo menos doloroso e menos solitário. Além disso, a espiritualidade permite uma conexão do indivíduo consigo mesmo (intrapessoal), com a natureza e com seu transcendente (interpessoal). Ademais, a espiritualidade é capaz de amparar não apenas o paciente, mas também auxiliar a percepção da família em relação à finitude de seu ente querido, propiciando conforto durante esta última etapa de sua vida. CONCLUSÃO: Sabe-se, portanto, que o bem-estar espiritual impacta diretamente na qualidade de vida do paciente, além de servir como auxílio ao mesmo para enfrentar situações de desesperança e sofrimento. É, também, determinante no que tange a maneira como a doença é vivenciada, trazendo alegria e gratidão pela vida mesmo com as adversidades da doença crônica e seus desdobramentos. Por fim, fica evidente que a prática de cuidados paliativos associada a dimensão espiritual fortalece a dignidade e a humanidade dos pacientes, suas famílias e equipe de cuidado.
Comissão Organizadora
Simone da Fonseca Sanghi
Renata Cunha da Silva
JULIETA CARRICONDE FRIPP
Comissão Científica