INTRODUÇÃO: A comunicação de más notícias é uma habilidade crucial do médico nos cuidados paliativos, no qual o manejo cuidadoso e empático das informações pode impactar a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares. Neste contexto, modelos de comunicação de más notícias, como o protocolo SPIKES e o BREAKS, se tornam essenciais para entender as melhores práticas e estratégias para enfrentar essas circunstâncias, especialmente na assistência paliativa. Ademais, comunicação eficaz pode impactar na adesão ao tratamento, reduzir a ansiedade e melhorar o bem-estar emocional dos envolvidos. OBJETIVO: Revisar a literatura científica para analisar os modelos de comunicação de más notícias, protocolos SPIKES e BREAKS, e identificar suas influências na transmissão de informações para o paciente em cuidados paliativos. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão de literatura do tipo narrativa, no mês de setembro de 2024, utilizando a base de dados PubMed e a bibliografia acadêmica, Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Incluíram-se estudos que analisavam os modelos de transmissão de más notícias e os aspectos necessários para uma comunicação eficaz no cuidados paliativos. Além disso, os artigos foram selecionados com base no título e resumo, seguidos de uma análise do texto completo, sem restrição de ano de publicação e idioma. Excluíram-se artigos que não estavam disponíveis em textos completos e estudos fora do escopo dos cuidados paliativos. RESULTADOS: A busca identificou 14 artigos e uma bibliografia acadêmica, sendo 4 excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão, restando 10 elegíveis. A maioria dos estudos destacou os benefícios de ambos modelos, demonstrando a redução de ansiedade e melhora na compreensão da condição do paciente. Porém, cada modelo deve ser escolhido de forma individualizada para a situação. Desse modo, o protocolo SPIKES tem vantagem por sua ênfase na clareza da informação e detalhamento das etapas, enquanto o protocolo BREAKS prioriza a construção de um relacionamento médico-paciente, na continuidade da notícia e na discussão de condutas. CONCLUSÃO: Ambos modelos são eficazes na comunicação de más notícias nos cuidados paliativos, cada um evidenciando seus benefícios próprios. Logo, a escolha do protocolo deve ser baseada em evidências clínicas e individuais do paciente, de modo que o modelo escolhido contribua para uma melhor compreensão da doença e menores conflitos e mal-entendidos.
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