Introdução: Doenças respiratórias são descritas como um dos principais desafios de saúde pública no Brasil e no mundo, principalmente as patologias que acometem a pessoa idosa. Entre as doenças mais prevalentes, pode-se apontar a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), pneumonia, câncer de pulmão e COVID-19, as quais afetam, principalmente, populações a partir dos 60 anos. Tais doenças respiratórias são responsáveis por gerar significativo impacto funcional no cotidiano da pessoa idosa, uma vez que afeta não apenas a capacidade respiratória, mas também a funcionalidade em atividades de vida diárias (AVDs), a qualidade de vida e a interação social. Dessa forma, devido as limitações físicas que a população idosa apresenta decorrentes dos sintomas de patologias respiratórias, faz-se necessário cuidados frequentes através de tratamento com Fisioterapia especializada, criação de estratégias de promoção e prevenção em saúde, além de acompanhamento com assistência multidisciplinar. Objetivo: Investigar a eficácia de programas de reabilitação pulmonar na saúde e qualidade de vida da pessoa idosa com diagnóstico de doença respiratória. Metodologia: Trata-se de um estudo, do tipo revisão de literatura, realizado nos meses de abril e maio de 2025, o qual utilizou-se dos descritores "doença respiratória", "pessoa idosa" e "prevalência", indexados na plataforma DECs, pesquisados em inglês e português nas bases de dados PubMed e Biblioteca Virtual da Saúde, respectivamente. Foram encontrados 37 estudos, com 31 excluídos excluídos por não abordarem o tema proposto dessa revisão e por não atenderem aos critérios de inclusão como publicação nos últimos 5 anos e serem estudos de intervenção, totalizando o final de 6 artigos incluídos. Resultados parciais e Discussão: Os estudos apresentaram protocolos que incluem treinamento de força, realizado em domicílio em pacientes com DPOC comparando-se o tratamento usual com uma intervenção, denominada de HOMEX, na qual utilizaram uma cadeira e faixas de resistência em exercícios para membros inferiores, superiores e tronco durante 6 dias por semana em média de 20 minutos, por 12 meses, apresentando uma melhora na capacidade funcional através da avaliação do Teste de Sentar e Levantar de 1 minuto. Em um segundo estudo, a reabilitação pulmonar domiciliar foi estudada em pacientes com síndrome pós-COVID-19, que queixaram-se de fadiga, dispneia e intolerância ao exercício, receberam o protocolo de intervenção que incluiu caminhada regular de 30 a 60 minutos, 5 dias por semana, em ritmo normal durante 3 meses, treinamento muscular respiratório (fortalecimento diafragmático) por 10 a 15 minutos, duas vezes ao dia, de forma diária, durante 3 meses e treinamento resistido com 3 séries de 10 repetições, duas vezes ao dia, de 5 a 7 dias por semana, apresentando melhora no escore de grau de dispneia. Um outro estudo apresentou o protocolo para avaliação da força muscular respiratória em admissão e em domicílio, onde os pacientes deveriam seguir com os exercícios pulmonares 15 minutos, 3 vezes na semana com monitorização por telefonemas semanais e ao final do programa mostrou que houve melhora dos sintomas relacionados à força muscular respiratória. Um estudo sobre a adesão na reabilitação pulmonar precoce após internações por exacerbações da DPOC, realizou um programa ambulatorial ao longo de 7 semanas, sessões de 1 hora e 30 minutos 2 vezes por semana e sessões de educação em saúde multidisciplinar por 1 hora semanalmente, incluindo a supervisão de um fisioterapeuta com o treinamento de resistência e endurance em intensidade de moderada a alta e mostrou que iniciar a reabilitação pulmonar precocemente, logo após a alta hospitalar por uma exacerbação da DPOC, relaciona-se à diminuição do risco de nova internação e à melhora da capacidade física dos pacientes. No estudo com pacientes internados com pneumonia adquirida na comunidade buscou investigar o efeito do tratamento padrão combinado com ciclismo supervisionado no leito em 25 minutos de exercício contínuo e supervisionado em ciclo-ergômetro ou, exercícios do livreto que combina exercícios simples de resistência, apoio do peso corporal e caminhada para melhorar equilíbrio, força e resistência física sobre os riscos de tempo de internação, e readmissão. Este estudo mostrou para pacientes idosos, que a prática de exercícios durante a internação ajuda a compensar os efeitos negativos do repouso prolongado no leito sobre a força muscular e a função física e mostrou potencial para diminuir o risco e a duração das readmissões. No estudo com pacientes após ressecção pulmonar a partir de um programa domiciliar de exercícios e autogestão de três meses, conduzido remotamente por fisioterapeutas mostrou que o foco em estratégias de mudança de comportamento na intervenção pode ter efeito de longo prazo na função física e na capacidade de exercício observado além da conclusão do programa, onde a intervenção pode ter capacitado os pacientes a manter um estilo de vida fisicamente ativo por meio da autoeficácia e da formação de hábitos. Esses achados reforçam nossos conhecimentos sobre os benefícios da reabilitação iniciada logo após uma exacerbação e destacam a importância de aumentar a adesão a esse tipo de programa. Considerações finais: Foi possível observar a eficácia de diferentes programas e estratégias de reabilitação pulmonar em pacientes idosos com doenças respiratórias, como DPOC, Pneumonia, câncer de pulmão e pós covid-19. Os estudos demonstraram, também, impacto positivo na capacidade funcional, força muscular respiratória, melhora da capacidade e autoeficácia de exercícios, e qualidade de vida, embora nem todos tenham demonstrado melhora significativa dos sintomas clínicos como dispneia e fadiga. Além disso, as intervenções de suporte online e de educação em saúde mostraram-se seguros e com boa adesão, favorecendo a continuidade do trabalho além do ambiente hospitalar. Portanto, as evidências reforçam a importância de programas de reabilitação de doenças respiratórias na saúde da pessoa idosa, porém ainda são necessários estudos mais aprofundados e assertivos para a consolidação dos métodos.
A II Jornada Científica do PROMIC 2025 é uma iniciativa promovida pela Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) da Unifametro, com o objetivo de fomentar a divulgação e o acompanhamento do progresso dos projetos desenvolvidos no âmbito do Programa de Monitoria e Iniciação Científica (PROMIC).
Este evento celebra a dedicação de alunos e professores na construção do conhecimento científico, proporcionando um espaço para o intercâmbio de ideias, a reflexão crítica e o incentivo à produção acadêmica de excelência. Por meio da apresentação de resultados parciais e finais das pesquisas, a Jornada busca não apenas estimular o aprendizado interdisciplinar e o pensamento inovador, mas também reforçar o compromisso da Unifametro com a formação integral de seus discentes.
Convidamos todos a explorar os anais deste evento, que representam um marco significativo na trajetória acadêmica e científica da instituição, evidenciando o papel transformador da pesquisa na construção de uma sociedade mais justa e sustentável.
Normas para Submissão de Resumos Simples
Os resumos a serem submetidos à II Jornada Científica do PROMIC 2025 devem ser elaborados e formatados de acordo com as seguintes diretrizes:
Título
Autores
Informações adicionais
Classificações
Corpo do Resumo
Palavras-chave
Referências
Essas normas visam padronizar os trabalhos apresentados, garantindo a qualidade e a organização dos anais da II Jornada Científica do PROMIC 2025.
Comissão Organizadora
Gabriella de Assis Wanderley
Antônio Adriano da Rocha Nogueira
Kauã Alexsander Gomes Carvalho
Comissão Científica
Antônio Adriano da Rocha Nogueira
Kauã Alexsander Gomes Carvalho
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail coopem@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.