Introdução: Nas últimas três décadas, o Brasil tem enfrentado um crescimento preocupante nos eventos climáticos extremos, como enchentes, deslizamentos, secas severas e incêndios florestais. Um exemplo marcante foi a tragédia no Litoral Norte de São Paulo, em fevereiro de 2023, quando a região recebeu em apenas 24 horas uma quantidade de chuva nunca registrada no país, causando perdas materiais e humanas. Outro caso foi o da catástrofe no Rio Grande do Sul em 2024, impulsionadas por fatores ambientais e de ações humanas em relação à infraestrutura urbana. Diante dessa realidade, fica claro a necessidade de soluções que combinem tecnologia, planejamento urbano e proteção social. Este projeto visa a criação de um algoritmo capaz de prever catástrofes climáticas em áreas urbanas, usando dados climáticos, de infraestrutura, geográficos e socioeconômicos. Assim, pode-se prever riscos e desenvolver estratégias preventivas e ações mais eficientes para proteger as comunidades em risco potencial. Busca-se analisar os dados a respeito dessas tragédias para a criação de um algoritmo preditivo para sua antecipação e, com ele, contribuir na tomada de decisões assertivas nas intervenções a serem tomadas. Objetivo: O projeto tem por objetivo integrar informações a respeito de mudanças climáticas criando relações entre os dados e áreas de risco, identificando variáveis que possam impactar na vida urbana e no ambiente, a fim de contribuir para a prevenção de catástrofes nos meios urbanos e proporcionar soluções tecnológicas visando mitigar os impactos resultados de catástrofes climáticas. Metodologia: O estudo, de caráter descritivo, realizado pelos alunos Arthur Bruno Marinho de Araújo, Laysa Estefanny Oliveira Paulino e Sarah Évelyn Rodrigues de Oliveira, orientados pelo professor Kaio Mesquita, utilizaram como base inicial de estudo do projeto a cidade de Fortaleza, Ceará, durante os meses de março a abril de 2025, a fim de identificar o histórico de seus dados climáticos e sua relação com áreas de potencial risco. Os alunos desenvolveram etapas para sua realização: coleta de dados a respeito de mudanças climáticas na cidade de estudo através de fontes como a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), para serem tratadas através de linguagem Python; estruturação de um banco de dados integrado e realização do pré-processamento necessário para alimentar os modelos de inteligência artificial; treinamento de algoritmos de aprendizado supervisionado, com análise das variáveis mais relevantes para a previsão de desastres; elaboração de análises especiais, como mapas de riscos e vulnerabilidade; Consolidação de todos os resultados em ferramentas visuais e interativas, como dashboards ou mapas digitais, para facilitar a análise e a tomada de decisão gestores públicos e agentes de defesa civil. Resultados parciais e Discussão: A análise dos dados climáticos de Fortaleza revela padrões bem definidos: a estação chuvosa se concentra entre fevereiro e maio, seguida por meses mais quentes e secos, com redução na umidade relativa e aumento da incidência de secas entre agosto e dezembro. Além disso, observa-se uma tendência de queda da umidade ao longo das décadas, sugerindo um cenário climático cada vez mais árido. A incorporação desses padrões em algoritmos preditivos permite antecipar eventos extremos, como secas prolongadas ou chuvas intensas, contribuindo diretamente para estratégias mais eficazes de prevenção e resposta a desastres climáticos em locais mais afetados, como as áreas com mais riscos de alagamento no período chuvoso. Considerações finais: Até o momento, o modelo preditivo está em fase inicial de coleta e processamento de dados. Com os resultados das informações coletadas da cidade de Fortaleza, foi possível mapear os padrões climáticos na região, o que, unido ao processamento de IA e acompanhamento climático em tempo real, viabiliza uma precisão precisa. O intuito é que futuramente o modelo preditivo forneça não só os alertas climáticos, mas também sugestões de soluções técnicas e personalizadas para cada região. Palavras-chave: Catástrofes climáticas. Inteligência Artificial. Previsão. Cidades inteligentes e resilientes. Algoritmo.
A II Jornada Científica do PROMIC 2025 é uma iniciativa promovida pela Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) da Unifametro, com o objetivo de fomentar a divulgação e o acompanhamento do progresso dos projetos desenvolvidos no âmbito do Programa de Monitoria e Iniciação Científica (PROMIC).
Este evento celebra a dedicação de alunos e professores na construção do conhecimento científico, proporcionando um espaço para o intercâmbio de ideias, a reflexão crítica e o incentivo à produção acadêmica de excelência. Por meio da apresentação de resultados parciais e finais das pesquisas, a Jornada busca não apenas estimular o aprendizado interdisciplinar e o pensamento inovador, mas também reforçar o compromisso da Unifametro com a formação integral de seus discentes.
Convidamos todos a explorar os anais deste evento, que representam um marco significativo na trajetória acadêmica e científica da instituição, evidenciando o papel transformador da pesquisa na construção de uma sociedade mais justa e sustentável.
Normas para Submissão de Resumos Simples
Os resumos a serem submetidos à II Jornada Científica do PROMIC 2025 devem ser elaborados e formatados de acordo com as seguintes diretrizes:
Título
Autores
Informações adicionais
Classificações
Corpo do Resumo
Palavras-chave
Referências
Essas normas visam padronizar os trabalhos apresentados, garantindo a qualidade e a organização dos anais da II Jornada Científica do PROMIC 2025.
Comissão Organizadora
Gabriella de Assis Wanderley
Antônio Adriano da Rocha Nogueira
Kauã Alexsander Gomes Carvalho
Comissão Científica
Antônio Adriano da Rocha Nogueira
Kauã Alexsander Gomes Carvalho
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail coopem@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.