Introdução: O desperdício de alimentos em domicílios tem se mostrado um desafio importante no contexto da segurança alimentar e da sustentabilidade. Estudos apontam que esse desperdício está mais relacionado à falta de controle e organização no armazenamento e uso dos alimentos do que à procrastinação. A percepção de que gerenciar os alimentos necessitam de muito trabalho, aliada ao controle feito de forma intuitiva, contribui para o descarte desnecessário. Por outro lado, práticas simples de planejamento e controle podem reduzir significativamente essas perdas. Iniciativas como o consumo de alimentos locais, sazonais e a aceitação de frutas com aparência fora do padrão também têm ajudado a combater o desperdício nos lares (Costa; Campos; Santana, 2021). Além disso, o desperdício de alimentos no Brasil é alarmante, alcançando 26 milhões de toneladas por ano, quantidade que poderia alimentar milhões de pessoas. Grande parte desse desperdício está relacionada ao descarte de partes comestíveis dos alimentos, como cascas, talos, folhas e sementes. Estudos mostram que essas partes, além de nutritivas, muitas vezes até mais do que a porção tradicionalmente consumida, podem ser aproveitadas em diversas receitas como bolos, sucos, tortas e geleias. Apesar disso, ainda há poucos estudos sobre seu valor nutricional e formas de preparo. Nesse contexto, o uso integral dos alimentos surge como uma alternativa viável para reduzir o desperdício, enriquecer a alimentação e promover maior aproveitamento dos produtos agrícolas (Storck et al., 2013). Objetivo: Revisar na literatura científica a respeito das principais técnicas de aproveitamento integral dos alimentos que podem ser adotadas no ambiente domiciliar, visando a redução do desperdício alimentar. Além disso, discutir os impactos dessas práticas sob a perspectiva nutricional, econômica e ambiental. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo revisão bibliográfica. A seleção incluiu artigos publicados entre os anos de 2013 e 2021, disponíveis nos idiomas português e inglês. O levantamento foi realizado em maio de 2025 e ocorreu em duas etapas principais: a busca e a seleção dos artigos, seguidas da análise dos dados. As buscas ocorreram nas bases SciELO e Google Acadêmico, utilizando descritores como “desperdício de alimentos”, “aproveitamento integral”, “sustentabilidade alimentar” e “resíduos alimentares em domicílios”. Foram selecionadas publicações com abordagem teórica ou prática sobre o reaproveitamento de alimentos no contexto domiciliar, com ênfase em orientações nutricionais e práticas sustentáveis, sendo excluídos estudos voltados exclusivamente para perdas no setor comercial ou industrial. Resultados parciais e Discussão: Segundo os artigos estudados, é possível notar que o uso de partes normalmente descartadas dos alimentos, como cascas, talos e sementes, pode contribuir significativamente para a redução da fome e da desnutrição, além de melhorar o valor nutricional das refeições. A prática também ajuda a diminuir o desperdício de alimentos e os impactos ambientais causados pelo excesso de resíduos orgânicos. As receitas com essas partes têm boa aceitação sensorial e alto teor de fibras e compostos antioxidantes. No entanto, reforça-se a importância da educação alimentar e da adoção de boas práticas de higiene para garantir a segurança no consumo desses alimentos (Cardoso et al., 2015). Considerações finais: O aproveitamento integral dos alimentos, incluindo partes normalmente descartadas, é uma estratégia eficaz para reduzir o desperdício, melhorar a nutrição e minimizar os impactos ambientais. Para seu sucesso, é essencial promover a educação alimentar e boas práticas de higiene, garantindo a segurança do consumo. Além disso, o planejamento no uso dos alimentos e o incentivo ao consumo de produtos locais e sazonais fortalecem essa prática, contribuindo para uma alimentação mais sustentável e saudável.
A II Jornada Científica do PROMIC 2025 é uma iniciativa promovida pela Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) da Unifametro, com o objetivo de fomentar a divulgação e o acompanhamento do progresso dos projetos desenvolvidos no âmbito do Programa de Monitoria e Iniciação Científica (PROMIC).
Este evento celebra a dedicação de alunos e professores na construção do conhecimento científico, proporcionando um espaço para o intercâmbio de ideias, a reflexão crítica e o incentivo à produção acadêmica de excelência. Por meio da apresentação de resultados parciais e finais das pesquisas, a Jornada busca não apenas estimular o aprendizado interdisciplinar e o pensamento inovador, mas também reforçar o compromisso da Unifametro com a formação integral de seus discentes.
Convidamos todos a explorar os anais deste evento, que representam um marco significativo na trajetória acadêmica e científica da instituição, evidenciando o papel transformador da pesquisa na construção de uma sociedade mais justa e sustentável.
Normas para Submissão de Resumos Simples
Os resumos a serem submetidos à II Jornada Científica do PROMIC 2025 devem ser elaborados e formatados de acordo com as seguintes diretrizes:
Título
Autores
Informações adicionais
Classificações
Corpo do Resumo
Palavras-chave
Referências
Essas normas visam padronizar os trabalhos apresentados, garantindo a qualidade e a organização dos anais da II Jornada Científica do PROMIC 2025.
Comissão Organizadora
Gabriella de Assis Wanderley
Antônio Adriano da Rocha Nogueira
Kauã Alexsander Gomes Carvalho
Comissão Científica
Antônio Adriano da Rocha Nogueira
Kauã Alexsander Gomes Carvalho
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail coopem@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.