DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA DOENÇA DE ALZHEIMER E SEUS REGISTROS HISTÓRICOS

  • Autor
  • Isadora Soares de Lima
  • Co-autores
  • Ivanise Correia da Silva Mota
  • Resumo
  •  

    Introdução: A Doença de Alzheimer (DA) é um distúrbio neurodegenerativo caracterizado por demência, clinicamente representado por perda da memória recente, interferindo na cognição e nas atividades cotidianas do indivíduo. Desde a sua descoberta em 1906 por Alöis Alzheimer, seu diagnóstico se manteve diretivo às manifestações clínicas, contudo, hoje, é acrescido de avaliações e interações com outras doenças, interferências ambientais, bioquímicas, genéticas e epigenéticas. A identificação da DA é realizada pela detecção de acúmulos de placas ? amiloide e depósitos intraneuronais de emaranhados neurofibrilares, que são compostos de agregados de proteína Tau hiperfosforilados, que se aglomeram no citoplasma neuronal, desestabilizando os microtúbulos e transporte axonal. Em consequência, podem acarretar estresse oxidativo e fissuras na barreira hematoencefálica desenvolvendo processo inflamatório cerebral, justificando a neurodegeneração. Diante destes fatos, os critérios de diagnósticos laboratoriais são importantes para identificação precoce da doença possibilitando a minimização dos seus efeitos. Desenvolvimento: Acreditando nesta proposta, este estudo se desenvolve com a análise das diversas fontes de diagnóstico da DA e a exposição histórica de seus eventos, através de uma revisão narrativa envolvendo pesquisa exploratória de abordagem qualitativa de fontes de informações bibliográficas e eletrônicas, como SciELO, Google Acadêmico, PubMed e NCBI. Diversas áreas das Ciências da Saúde se encontram como fontes de diagnóstico da DA, uma vez que esta constitui uma síndrome complexa e multifatorial, com características similares a outras demências, não possuindo ainda um método de diagnóstico específico e confiável, porém primeiramente, um dos aspectos de maior evidência consiste na avaliação clínica e neurocognitiva, por se tratar de uma análise de exclusão de outras condições demenciais. Exames de neuroimagem estrutural e funcional como tomografia computadorizada e ressonância magnética são também solicitados na investigação primária, acrescidos posteriormente, do exame eletroencefalograma padrão e o quantitativo, e o liquorgrama. Exames vinculados à parte gênica APP, PSEN1 e PSEN2, APOE, alelo ?4 da apolipoproteína E e proteína Tau; e epigênica ABCA7 e BIN1, são realizados como fontes alternativas do diagnóstico. A avaliação definitiva da DA é obtida por exames anatomopatológicos por necropsia ou biopsia, sendo de difícil obtenção ou inviável, salvo ser um método pouco utilizado, devido a aspectos éticos e culturais, apenas empregado para fins científicos. Conclusão: A evolução diagnóstica da DA retrata uma série de pesquisas de diferentes áreas de estudo, revelando a sua importância no contexto familiar de forma marcante e expressiva. Portanto, a descrição e compreensão das múltiplas experiências temporais agregam uma consciência histórica fundamental ao diagnóstico da DA.

  • Palavras-chave
  • Demência, Diagnóstico, Doença de Alzheimer, Evolução, Exames laboratoriais
  • Área Temática
  • Neurogenética
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