A RELAÇÃO ENTRE ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE ATRAVÉS DA EPIGENÉTICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

  • Autor
  • Thaís Lucena de Oliveira
  • Co-autores
  • Marcos Antonio Nóbrega Sousa
  • Resumo
  • Thaís Lucena de Oliveira

    Graduanda em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Campina Grande

    Marcos Antonio Nobrega de Sousa

    Professor do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Campina Grande

     

    Introdução: A epigenética pode ser definida como uma sub área da genética em que investiga as alterações na expressão gênica, onde as bases nitrogenadas não sofrem alterações. Essas mudanças na expressão dos genes podem ser de caráter mais instável, acontecendo apenas no indivíduo em que o processo está sendo realizado ou de caráter mais estável, podendo ser transmitidas às próximas gerações. Com isso, a prática de atividades físicas pode contribuir cerca de 50% dessas variações ocorridas na expressão gênica ao longo da vida. Este estudo tem como objetivo principal enfatizar os benefícios da prática de exercício físico para a saúde por meio da epigenética, melhorando o funcionamento do corpo humano. Desenvolvimento: Foram utilizados sites de busca, como Google Acadêmico e SciELO, através das palavras-chave: exercício físico e epigenética, nutrigenética, diabete melitus 2 e exercício aeróbico. Foram selecionados inicialmente 09 artigos, mas foram inclusos apenas 04 artigos para análise crítica e integral. A realização de exercícios físicos é uma das estratégias mais utilizadas no tratamento não farmacológico de doenças do trato respiratório, coração, diabetes, e sistema endócrino. Somado a isso, a frequência da expressão de micro-RNAs ocasionado pela prática regular de atividades é importante para o sistema nervoso, sistema esquelético, tecido adiposo, e diminuição dos índices de hipertensão arterial. Pode reduzir os processos pró-inflamatórios, contribuir para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), e no tratamento de doenças, como ansiedade e depressão, visto que, as substâncias químicas liberadas no exercício são importantes para a homeostase. A prática de exercícios aeróbicos em roedores pode elevar a expressão dos genes associados a vias de sinalização e plasticidade sináptica. Os filhos de roedores expostos ao exercício antes do cruzamento, manifestaram uma menor quantidade de gordura retroperitoneal, estrutura localizada atrás da cavidade abdominal e, ainda, apresentaram uma regulação otimizada nos receptores de insulina e nos sinalizadores químicos com a Interleucina-6, proteína incluída na resposta inflamatória. Já com seres humanos, os filhos de pais que possuíam altos níveis glicêmicos, puderam apresentar uma possibilidade maior de desenvolver diabetes mellitus 2, uma das DCNT mais encontradas no mundo, que ocupa a 4a posição como principal causa de morte. Cerca de 18% dos casos de câncer estão associados a união do sedentarismo, consumo de álcool, excesso de peso e consumo de alimentos não saudáveis. Foi observado que as alterações da expressão gênica promovidas pela prática de exercício físico são uma forma de prevenção de doenças não transmissíveis, sem que seja necessário o uso de medicamento e, ainda, auxilia no tratamento destas doenças, além de melhorar a fisiologia de diversas estruturas do corpo humano. Conclusão: O exercício físico é um potente modulador do epigenoma, promove alterações epigenéticas benéficas na saúde do ser humano, e possivelmente, em sua descendência.

     

  • Palavras-chave
  • Epigenética; Exercício físico; Saúde.
  • Área Temática
  • Genética Humana e Médica
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