ATUAÇÃO DE MICRORNAs CIRCULANTES COMO BIOMARCADORES DA SÍNDROME CORONARIANA AGUDA (SCA): uma revisão de literatura

  • Autor
  • Lara Bianca Soares Brandão
  • Co-autores
  • Veruscka Pedrosa Barreto
  • Resumo
  • Lara Bianca Soares Brandão 

    Graduanda em Medicina pela Universidade Federal de Campina Grande – UFCG 

    Veruscka Pedrosa Barreto 

    Mestre em Genética. Orientadora. Universidade Federal de Campina Grande – UFCG 

     

    Introdução: A Síndrome Coronariana Aguda (SCA), complicação da Doença Arterial Coronariana (DAC), é importante causa de morte cardiovascular no mundo. Dito isso, o uso de métodos para facilitar diagnósticos e predizer prognósticos mostra-se como benéfica estratégia na condução destes quadros. Nesse contexto, a biomarcação por microRNAs circulantes, potentes regulares pós-transcricionais da expressão gênica e associados à ocorrência de SCA grave, é o objeto de estudo deste trabalho, o qual objetiva relatar perfis recorrentes de microRNAs, compilando informações relevantes para a aplicação clínica. Desenvolvimento: Trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo integrativa, fundamentada em estudos disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed e sites aliados, que incluísse o enfoque temático e estivesse disponível na íntegra, com recorte temporal dos últimos dez anos. Para tanto, utilizou-se os descritores cadastrados na base Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), sendo eles: “micro-RNA circulantes”, “doenças cardiovasculares” e “síndrome coronariana aguda”, nos idiomas inglês e português. Dentre os 62 resultados, a análise dos 14 artigos selecionados demonstrou a recorrência de determinados cenários. Em pacientes com periodontites, descreveu-se o miR-146a como molécula chave preditora de SCA. MiR-1 e miR-145b são ditos como biomarcadores relevantes para SCA; sendo miR-1 mais sensível para todos os infartos agudos do miocárdio (IAM) e miR-145 para Infarto Agudo do Miocárdio com Supra Desnivelamento do Segmento ST (IAMCSST) e pior desfecho de IAM. A expressão do miR-941 foi relativamente maior em pacientes com SCA e IAMCSST. Em estudos comparativos com entre casos de SCA com pacientes com DAC estável e SCA, miR-21, miR-208a/b, miR-133a/b, família miR-30, miR-19 e miR-20 foram frequentemente relatados com desregulações nos casos de SCA. As análises de miR-208b e miR-499 circulantes os consideraram como bons biomarcadores diagnósticos e também prognósticos para pacientes com SCA. Em grande coorte com pacientes com SCA, o miRNA-197 e o miRNA-223 circulantes derivados do soro foram identificados como preditores de morte cardiovascular. Um estudo que avaliou a elevação de miRNAs específicos em pacientes com SCA, relatou a redução a níveis semelhantes aos de indivíduos controle após a administração do autacóide colchicina. O fenômeno ocorreu em mais de doze miRNAs, sendo eles: miR-17, -106b-3p, -191, -106a, -146a, -130a, -223, -484, -889, -425-3p, -629, -142-5p. Conclusão: A avaliação do perfil genético do paciente cardiopata é importante ferramenta para a tomada de decisões terapêuticas e interventivas, considerando o valor preditivo de moléculas, como os microRNA circulantes junto a eventos agudos. Desse modo, a revisão de perfis recorrentes mostra-se útil para uma conduta mais assertiva, bem como uma melhor previsão prognóstica para os pacientes com SCA. 

     

  • Palavras-chave
  • Doença Cardiovascular; MicroRNAs circulantes; Síndrome Coronariana Aguda.
  • Área Temática
  • Genética Humana e Médica
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