GENÉTICA, DESEMPENHO DE ATLETAS E O DOPING GENÉTICO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

  • Autor
  • Ademar Rodolfo Neto
  • Co-autores
  • Alana Simões Bezerra
  • Resumo
  • Ademar Rodolfo Neto 

    Graduando em Educação Física do Centro Universitário de Patos - UNIFIP

    Alana Simões Bezerra 

    Profissional de Educação Física. Centro Universitário de Patos - UNIFIP

     

    Introdução: Observa-se um considerável avanço no estudo acerca da genética nos últimos anos, possibilitando a detecção do doping genético, isso, devido a busca pelo alto desempenho da capacidade esportiva em competições. Consequentemente, essa busca tem levado atletas ao uso de métodos não terapêuticos, os quais podem ter extensivos efeitos adversos. No entanto, a engenharia genética de melhoramento aplicada ao esporte, sob a perspectiva do doping genético, é uma realidade nos tempos atuais. O estudo tem por objetivo realizar uma revisão bibliográfica reunindo informações acerca de pesquisas sobre o desempenho e o doping genético por atletas. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo baseado na revisão sistemática de artigos científicos com abordagem principal sobre a genética e o uso do doping genético no desempenho de atletas. Assim, para o levantamento bibliográfico, optou-se pela busca de artigos em periódicos na base de dados do Google Acadêmico, SCIELO e Lilacs, no período de 2015 a 2021, utilizando os descritores “doping genético”, “desempenho atletas”, “genética”. A utilização de substâncias para aperfeiçoar o desempenho de atletas, chamado doping genético, tem sido cada vez mais recorrente, pois o uso de genes adicionados à receptores das células-alvo proporciona aumento no tecido muscular, aceleração no metabolismo e melhoras aeróbicas. Elucidam-se também, tanto do ponto de vista biomédico quanto da ética e jurídica, os impactos que o doping genético pode acarretar em nível de células somáticas e germinais. Estudos revelam que os genes mais importantes para o doping genético são aqueles que codificam para GH, IGF-1, bloqueadores da miostatina, VEGF, endorfinas e encefalinas, eritropoietina, leptina e PPAR-delta, que inseridos no genoma do atleta gera um produto endógeno capaz de melhorar o desempenho atlético com o rápido crescimento muscular, maior rendimento corpóreo e grande resistência física. Assim, algumas pesquisas demonstram que, o método que inclui a transferência de genes ex vivo para as células-tronco alogênicas, acelera consideradamente a possibilidade de aplicação prática do doping de genes. Porém, alguns autores revelam que esse método de dopagem pode apresentar problemas como respostas inflamatórias e falta de controle da ativação e interação dos genes, podendo colocar em perigo a vida do atleta, no caso das mulheres ocorre uma alteração da aparência feminina. Conclusão: Desta maneira, a genética tem sido vista como uma alternativa para superação dos atletas, revelando-se que, os limites para o aumento do desempenho físico está sendo violado, entrando a questão ética, pois tal método cria atletas superiores aos outros, auxiliando na obtenção de vantagens injustas. Sendo assim, conclui-se que, conforme os estudos tem-se demonstrado as alterações fisiológicas positivas que o doping genético tem proporcionado no desempenho dos atletas, no entanto, também deve-se considerar os pontos negativos deste do método para a saúde.

     

     

     

  • Palavras-chave
  • Genética; desempenho; atletas; doping genético.
  • Área Temática
  • Genética Humana e Médica
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