EFEITOS GENÉTICOS DA CAFEÍNA EM CAMUNDONGOS SWISS FÊMEAS TRATADAS DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO

  • Autor
  • Isadora de Oliveira Monteiro
  • Co-autores
  • Marina Lummertz Magenis , Vanessa Moraes de Andrade
  • Resumo
  •  

    Isadora de Oliveira Monteiro

    Graduanda em Nutrição. Laboratório de Biomedicina Translacional, Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, SC, Brasil. 

    Marina Lummetz Magenis

    Nutricionista. Laboratório de Biomedicina Translacional, Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, SC, Brasil. 

    Vanessa Moraes de Andrade

    Bióloga. Laboratório de Biomedicina Translacional, Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, SC, Brasil. Orientadora. 

     

    Introdução: o ambiente intrauterino é um local crítico de exposição a fatores exógenos e endógenos desencadeadores de alterações metabólicas por meio da programação fetal. Dentre os fatores externos, destacam-se os compostos químicos que incluem a cafeína, visto que o seu consumo é comum entre as mulheres, inclusive durante o período gestacional. A cafeína (1,3,7-trimetilxantina) é um fitoquímico da família dos alcalóides, derivada das purinas e pertencente à classe das metilxantinas. É encontrada em mais de 60 espécies de plantas no mundo, pode ser consumida na forma de bebidas e alimentos, como o café, chá, mate, refrigerantes e chocolate. Objetivo: avaliar os efeitos genotóxicos e mutagênicos em camundongos fêmeas tratadas com cafeína durante a gravidez e lactação. Material e métodos: foram utilizados 46 casais de camundongos Swiss de 60 dias de vida divididos em quatro grupos: controle (água), e cafeína nas doses de 0,3 mg/mL, 1,0 mg/mL e 3,0 mg/mL. Para avaliar se o consumo de cafeína afeta a estabilidade genômica das fêmeas durante a gestação e lactação, foram feitas análises de genotoxicidade, por meio de coleta de sangue total periférico destes animais, nos seguintes momentos: antes da união com os machos, no 15º dia após a concepção e no 21º dia após a lactação (data do desmame). Após a última coleta de sangue as mesmas foram eutanasiadas por decapitação, sendo retirada a medula óssea para a realização do teste de Micronúcleos afim de avaliar a mutagenicidade. Resultados: com relação as análises de genotoxicidade, os resultados mostraram que os animais que receberam cafeína durante a gestação em todas as doses estudadas apresentaram aumento de danos significativos ao DNA em relação ao grupo controle, e cada dose na gestação diferiu significativamente em relação a mesma dose no período de pré-cópula, demonstrando assim que a cafeína causou danos na gestação quando comparada ao controle e pré-cópula. Já no período da lactação, a dose intermediária de cafeína em estudo (1,0 mg/mL) apresentou maior dano ao DNA em comparação à menor dose testada (0,3 mg/mL). Em relação ao tratamento com a alta dose de cafeína (3,0 mg/mL), os animais não obtiveram lactação e prole, sugerindo que altas doses de cafeína podem estar relacionadas a efeitos de toxicidade embrionária nas fêmeas. Quanto a mutagenicidade, não foram observadas diferenças estatisticamente significativas no número de micronúcleos nas fêmeas tratadas com cafeína durante a gravidez e lactação em relação ao grupo controle. Conclusão: com o presente estudo, podemos sugerir que a cafeína é genotóxica nos períodos da gestação e lactação, sendo assim importante a conscientização do consumo da cafeína entre as gestantes e lactantes.

     

     

  • Palavras-chave
  • Cafeína; Gestação; Lactação; Genotoxicidade; Mutagenicidade.
  • Área Temática
  • Mutagênese
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