ABORDAGEM CIRÚRGICA NA PRESERVAÇÃO DA FERTILIDADE EM PACIENTES COM A SÍNDROME DE KLINEFELTER.

ABORDAGEM CIRÚRGICA NA PRESERVAÇÃO DA FERTILIDADE EM PACIENTES COM A SÍNDROME DE KLINEFELTER.

• Autor
• Rita de Cássia Pereira Dantas
• Co-autores
• Rayanne Maia Cunha , Gisele Medeiros da Costa One
• Resumo

•  

  Rita de Cássia Pereira Dantas

  Graduanda do curso de medicina da UNIFIP Centro Universitário 

  Rayanne Maia Cunha

  Graduanda do curso de medicina da UNIFIP Centro Universitário

  Gisele Medeiros da Costa One

  Professor/Orientador da UNIFIP Centro Universitário 

   

  Introdução: A síndrome de Klinefelter (SK) é a doença cromossômica mais frequente em homens, sendo uma das etiologias genéticas mais comuns de azoospermia não obstrutiva e na oligospermia grave. A SK é responsável por cerca de 50% de todas as causas de infertilidade e, portanto, traz implicações médicas, financeiras e psicológicas significativas para os casais que lutam contra a concepção. Antes considerados intratáveis, os homens afetados atualmente têm uma variedade de opções de tratamento para obter a paternidade. Objetivo: Abordar o tratamento cirúrgico para a recuperação de espermatozoides viáveis em indivíduos com a Síndrome de Klinefelter para a obtenção da paternidade. Metodologia: Esse estudo trata-se de uma revisão sistemática, no qual realizou-se de pesquisas nas plataformas eletrônicas Medical Publisher (PubMed) e Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde (BVS). Para busca dos artigos utilizaram-se os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) no idioma inglês “klinefelter syndrom”, “infertility” unidos pelo descritor booleano AND: ReikiePain. A elegibilidade criteriosa dos artigos foi realizada em conjunto com todos os autores desta publicação científica, sendo selecionados 6 artigos. Resultados: Os pacientes com síndrome de Klinefelter apresentam melhores resultados reprodutivos quando o espermatozoide está presente na ejaculação: depois que os níveis de testosterona são normalizados é realizada a análise do sêmen para posterior criopreservação. No entanto, para pessoas afetadas que não possuem espermatozoides na ejaculação, o fundamento do tratamento para pacientes com SK é a recuperação cirúrgica bem sucedida de espermatozoides viáveis por extração testicular, que podem ser usados para injeção intracitoplasmática em prol da obtenção da paternidade. Contudo, para aperfeiçoar o sucesso cirúrgico, uma variedade de modalidades de tratamento são sugeridas e avaliadas, incluindo manipulação hormonal e tempo de recuperação. Dessa forma, a obtenção do sucesso no tratamento cirúrgico na fertilidade da SK depende da técnica cirúrgica e da experiência da equipe encarregada da identificação e uso do esperma testicular. Além disso, também depende da adesão do paciente ao tratamento que, em sua maioria, deriva da reposição hormonal e mudança de estilo de vida. Conclusão: indivíduos com a SK têm um prognóstico relativamente bom para a recuperação dos espermatozoides e obtenção da paternidade desejada. No entanto, aproximadamente metade dos homens com SK acabará falhando nos tratamentos de fertilidade, pois a boa resposta ao tratamento depende de fatores internos e externos ao individuo afetado. Além disso, a SK apesar de descrita pela primeira vez há mais de 70 anos, continua sendo uma doença subdiagnosticada e com diminuição na taxa de sucesso do tratamento para fertilidade com o envelhecimento do indivíduo.

   

• Palavras-chave
• Síndrome de Klinefelter. Fertilidade. Espermatozoides
• Área Temática
• Genética reprodutiva