MUTAÇÃO NO GENE CD40 ASSOCIADO A SÍNDROME DE HIPER-IGM

  • Autor
  • Jose Yago Barreiro da Silva
  • Co-autores
  • Ana Luiza Lima de Souza Lucena Monteiro , Hirisleide Bezerra Alves
  • Resumo
  • José Yago Barreiro da Silva

    Graduando no curso de Biomedicina – Centro Universitário de Patos (UNIFIP) 

    Ana Luiza Lima de Souza Lucena Monteiro

    Graduanda no curso de Biomedicina – Centro Universitário de Patos (UNIFIP)

    Hirisleide Bezerra Alves

    Docente/Orientadora - Centro Universitário de Patos (UNIFIP); Mestre em Genética – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) 

     

    Introdução: A Síndrome de Hiper-IgM (SHIM) transcorre de uma ineptidão na produção de anticorpos IgG, IgA e IgE, a partir de anticorpos IgM. Caracteriza-se como uma deficiência da imunoglobulina e pelos seus níveis séricos alterados de IgM inerente a níveis diminuídos de IgG e IgA. Comumente a SHIM é atribuída a uma deficiência da proteína CD40, encontrada na superfície dos linfócitos T ativados, sendo produzida através de um gene encontrado no cromossomo X. Objetivo: Apresentar o papel da mutação no gene CD40 relacionado a síndrome de hiper-IgM. Material e Métodos: O presente estudo consiste em uma pesquisa qualitativa de caráter descritivo, cuja análise foi realizada através das plataformas National Center for Biotechnology Information (NCBI) (https://www.ncbi.nlm.nih.gov) e STRING (https://string-db.org/cgi/network). A descrição, função e localização do gene CD40 foi obtida através do NCBI. A ferramenta STRING foi empregada para avaliação da rede de interação proteica do CD40, sendo identificadas proteínas importantes na fisiopatologia da síndrome de Hiper-IgM. Resultados: A proteína codificada CD40 é um receptor em células apresentadoras de antígeno do sistema imunológico e é essencial para mediar uma ampla variedade de respostas imunes e inflamatórias, incluindo troca de classe de imunoglobulina dependente de células T, desenvolvimento de células B de memória e formação de centro germinativo. Mutações que afetam esse gene são a causa da imunodeficiência hiper-IgM autossômica, impossibilitando a transdução de sinais mediados por TRAF6 e MAPK8 que ativam ERK em macrófagos e células B, levando à indução da secreção de imunoglobulina. Sem a proteína CD40 ativa, a via para sinalização e ativação de macrófagos e células B é interrompida, com consequente deficiência na secreção de imunoglobulinas. A proteína TRAF6 interage diretamente com a CD40, e funciona como um transdutor de sinal na via NF-kappaB que ativa a quinase IkappaB (IKK) em resposta a citocinas proinflamatórias. Em processos infecciosos, TRAF6 media a sinalização de CD40 para ativar macrófagos e células B. A MAPK8 interage diretamente com a CD40 e TRAF6, atua como ponto de integração para múltiplos sinais bioquímicos, e está envolvida em uma ampla variedade de processos celulares, como proliferação, diferenciação, regulação e desenvolvimento de transcrições. Essa quinase desempenha um papel fundamental na proliferação de células T, apoptose e diferenciação, contudo, mediante mutação no CD40, esta quinase não é ativada. Conclusão: Pacientes afetados com a síndrome de Hiper-IgM por deficiência da proteína CD40, possuem déficit na produção de anticorpos IgG e IgA e, em alguns aspectos na funcionalidade de seus linfócitos T. Estudos adicionais devem ser realizados visando delimitar o papel de cada proteína na via de sinalização e ativação de macrófagos e linfócitos, a fim de estabelecer possíveis intervenções. Ressalta-se que técnicas de edição genômica podem ser aplicadas como alternativas terapêuticas em pacientes com esta síndrome.

     

  • Palavras-chave
  • Gene CD40; Mutação genética; Síndrome de Hiper-IgM; Imunodeficiência.
  • Área Temática
  • Genômica e Bioinformática
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