Esclerose lateral amiotrófica:sua perspectiva genética em um contexto fisiopatológico ainda em elaboração.

  • Autor
  • Rayanne Maia CUNHA
  • Co-autores
  • Rita de Cássia Pereira DANTAS , Giselle Medeiros da Costa ONE
  • Resumo
  • Rayanne Maia CUNHA

    Graduanda do curso de medicina - Centro Universitário de Patos – UNIFIP – Patos – Paraíba – Brasil

    Rita de Cássia Pereira DANTAS

    Graduanda do curso de medicina- Centro Universitário de Patos – UNIFIP – Patos – Paraíba – Brasil

    Gisele Medeiros da Costa ONE

    Professor/Orientador-Centro Universitário de Patos – UNIFIP – Patos – Paraíba – Brasil

    Introdução: A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença do neurônio motor mais comum, caracterizada como uma enfermidade neurológica progressiva e inexorável. Sabe-se que ainda não há clareza sobre sua fisiopatologia, considerada multifatorial, entre esses os fatores genéticos. A ELA pode ser classificada em familiar com ocorrência de 10% de forma hereditária e esporádica com 90%. Dessa forma, estudos genéticos buscam identificar seqüências de DNA compartilhadas entre os pacientes e que sejam diferentes dos indivíduos normais da população, almejando possíveis alvos para terapias. Objetivo: Identificar a influência genética no desenvolvimento da esclerose lateral amiotrófica. Metódos: Esse estudo trata-se de uma revisão sistemática, sendo realizada uma pesquisa bibliográfica nos bancos de dados PubMed, Scielo e Periódicos, entre os períodos de 2006 a 2020, fazendo-se a seleção de 5 artigos mais pertinentes sobre o tema em questão.  Para procura dos artigos utilizaram-se os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) “gene C9orf72”, “esclerose lateral amiotrófica” unido pelo descritor booleano AND: genética. Resultados: O aspecto genético é um dos fatores atrelados a esclerose lateral amiotrófica, com uma incidência de 1-2 a cada 100.000 indivíduos. Nesse contexto, foram descritas alguns tipos de ELA familial, como ELA 1, 2, 4, 6, 8, 9 e 10, sendo algumas de herança autossômica recessiva, ligada ao sexo e autossômica dominante. Entretanto, apenas alguns genes foram identificados, como o SOD1, ALS2, SETX, FUS/TLS, VAPB, ANG e TARDBP, relacionados a ELA tanto esporádica quanto familial. Além disso, a descoberta de que expansões de um hexanucleotídeo repetidas no gene C9orf72 é a causa genética mais comum de esclerose lateral amiotrófica. Tal patologia apresenta sintomatologia heterogênea. Comumente, causa o falecimento por problemas respiratórios em 3 a 5 anos após os primeiros sintomas. Já, enfermos com ELA, por conta da expansão no gene C9orf72 possuem sobrevida menor. O diagnóstico continua sendo clínico, sustentado por estudos neurofisiológicos, destes, a eletromiografia de agulha há sido o mais útil. A descoberta desses genes, a mimetização de neurônios induzidos e camundongos, proporcionaram um avanço na sua fisiopatologia e nas terapêuticas genéticas, como a terapia antisense. Além disso, outros medicamentos tem despontado no tratamento da ELA, como a Edaravone, Vitamina K2, Serina, Metilcobalamina, Pirroloquinolina quinona (PQQ), Ubiquinol , Glutationa e Riluzol, este parece prolongar a sobrevivência. Além disso, o tratamento deve ser realizado multidisciplinarmente, atrelando medicamento, suporte nutricional e ventilatório quando necessário. Conclusão: O aspecto genético é um fator relevante na clínica da ELA, sendo a descoberta desses genes e avanços no conhecimento da fisiopatologia essencial para o desenvolvimento de novas terapias para essa doença. Nesse sentido, o tratamento desses pacientes deve ser realizado de forma pluridisciplinar. A manifestação clinica é heterogênea e o diagnóstico continua clinico, contudo ajuda a reduzir o tempo de latência e descartar causas secundárias.

     

     

  • Palavras-chave
  • Esclerose lateral amiotrofica; genética; gene C9orf72
  • Área Temática
  • Neurogenética
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