Neuropatia Óptica Hereditária de Leber (LHON): mutações mais comuns e os meios de tratamento

  • Autor
  • Durval de Brito Neto
  • Co-autores
  • Antonio Campos de Sousa Filho , Gisele Medeiros da Costa One
  • Resumo
  • Durval de Brito Neto

    Graduando de Medicina do Centro Universitário UNIFIP.

    Antonio Campos de Sousa Filho

    Graduando de Medicina do Centro Universitário UNIFIP.

    Gisele Medeiros da Costa One

    Professora de Genética do Curso de Medicina do Centro Universitário UNIFIP

     

    Introdução: A neuropatia óptica hereditária de Leber (LHON) trata-se de uma doença que causa perda súbita visual unilateral ou bilateral, progressiva, evoluindo no curto espaço de tempo, ocorrendo principalmente em pacientes homens, entre 15 e 30 anos, de forma indolor. Ocasionado devido a uma mutação genética mitocondrial herdade exclusivamente da mãe, as quais são responsáveis pela geração de energia. Alguns pacientes apresentam problemas musculares e cardíacos. Há mais de 12 mutações genéticas ligadas à patologia em questão, porém as mais comuns que apontam a enfermidade são: G11778A, G3460A e T14484C, presentes na codificação do complexo da subunidade I da cadeia respiratória mitocondrial. O tratamento pode ser por meio de terapia farmacêutica, como no uso de Idebenona e Brimonidina; terapia genética; e transplante de célula RPE. Em casos raros a técnica CRISPR já começou a ser cogitado seu uso. Objetivo(s): Identificar as características da neuropatia óptica hereditária de Leber (LHON) e os possíveis meios de tratamento e recuperação dos pacientes. Material e métodos: Pesquisa bibliográfica de artigos nas principais revistas sobre o tema nos bancos de dados da Spoftalmologia, Periódicos Unifesp, Scielo, SARC (Serviço de Alojamento de Revistas Científicas) e FMUP (Faculdade de Medicina Universidade do Porto). Artigos datados de 2001, 2002, 2017 e 2018. Utilizando como palavras chaves: síndrome de Leber, LHON, neuropatia óptica hereditária de Leber. Resultados: Observou-se que a mutação G11778A é a mais frequente e gravosa, havendo somente recuperação visual de 5% a 8% dos casos, ocorre devido à troca do aminoácido arginina por histidina na posição 340 da cadeia polipeptídica codificada pelo gene ND4. Nesta mutação há a degeneração das células ganglionares da retina, que contribuem para o feixe papilomacular, a qual necessita de uma elevada quantidade energética.  A mutação G3460A é mais branda, havendo uma recuperação visual superior a 22%, ocorre devido à troca do aminoácido alanina por treonina na posição 52 da cadeia polipeptídica codificada pelo gene ND1. A mutação mais benigna é a T14484C, com recuperação parcial da visão em torno de 40% dos casos. Os tratamentos padrões mostram-se eficazes, porém em casos raros, a técnica de edição genética, a CRISPR, poderá ser utilizada em pacientes que a terapia genética convencional não consegue tratar. Editando ou excluindo a causa da mutação genética da doença. Todavia tal procedimento ainda está em fase inicial, havendo apenas um caso confirmado no mundo, que ocorreu no Instituto de Saúde e Ciência do Oregon, nos Estados Unidos. Conclusões: Estudos relacionados à LHON trazem uma identificação patológica mais precisa, indicando onde e em que gene ocorreu o erro. Com isso surgiriam métodos de tratamentos mais eficazes e que trazem uma recuperação mais assertiva.

  • Palavras-chave
  • Neuropatia óptica hereditária de Leber; mutação genética mitocondrial; Tratamento; Técnica de edição CRISPR
  • Área Temática
  • Genética Humana e Médica
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