DOENÇA DE CROHN: análise da influência da genética

  • Autor
  • Andreza Viana Monteiro
  • Co-autores
  • Raynne Maia Cunha , Giselle Medeiros da Costa One
  • Resumo
  • Andreza Viana Monteiro

    Graduando de Medicina do Centro Universitário de Patos 

    Raynne Maia Cunha

    Graduando de Medicina do Centro Universitário de Patos 

    Giselle Medeiros da Costa One

    Professor/Orientador da UNIFIP Centro Universitário –

     

    Introdução: A Doença de Crohn é uma inflamação crônica do Trato Gastrointestinal (TGI), o qual pode ser acometido em qualquer porção, desde a da boca ao ânus, mas no geral as regiões mais afetadas são a porção final do intestino delgado e inicial do intestino grosso. Suas manifestações clínicas dependem da região do TGI afetada, entretanto são observados com frequência quadros de diarreia crônica, dor abdominal acompanhada de cólicas, perda de peso não intencional e de apetite e febre, sintomas que reaparecem em intervalos irregulares ao longo da vida do indivíduo, caracterizando os quadros de crise e sua severidade. Dentre as principais complicações devem ser destacadas os abscessos no abdome, as úlceras, as fístulas e fissuras anais e em alguns casos o desenvolvimento de câncer de cólon. A inflamação da pele, dos olhos e das articulações são manifestações raras, mas podem ocorrer durante os surtos da doença inflamatória. Objetivo(s): Identificar as possíveis causas da Doença de Crohn e seu caráter genético. Método: Foi aplicado o descritor “Doença de Crohn” como palavra-chave no banco de dados da Scientific Electronic Library Online (SciELO), sendo utilizados os seis artigos mais relevantes do período de 2015 a 2020. Resultados: As doenças inflamatórias intestinais possuem um padrão de herança ainda desconhecido, porém é identificado que a Doença de Crohn possui como principais fatores de risco o histórico familiar e o tabagismo, ademais ela pode acometer tanto homens quanto mulheres em idade ativa, ocorrendo as primeiras manifestações frequentemente antes dos 30 anos. Tendo em vista que muitos fatores genéticos e ambientais estão envolvidos, foi identificado que pessoas com parentes de primeiro grau afetados com o transtorno têm maior chance de desenvolver a doença, porém nem todos os indivíduos afetados possuem na família outros casos da doença em questão. Sabe-se que alterações nos genes NOD2, ATG16L1, IL23R e IRGM se relacionam com a função do sistema imunológico e alterações nesses genes estão relacionadas a uma modificação na resposta imune às bactérias da microbiota intestinal, o que, em conjunto com outros fatores, pode culminar na inflamação crônica característica da Doença de Crohn. Conclusão: Trata-se de uma doença genética com etiologia ainda não claramente identificada, mas que possui um importante caráter de transmissão hereditária, sendo de grande importância o acompanhamento do paciente com o médico geneticista a fim de realizar o aconselhamento genético e identificar a presença ou não de mutações, além de identificar as chances de acometimento das futuras gerações.

     

  • Palavras-chave
  • Doença de Crohn, Genética Médica, Fístula anal.
  • Área Temática
  • Genética Humana e Médica
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