Introdução: O estudo da urgência e emergência (UE) é fundamental na formação médica, proporcionando aos acadêmicos um conhecimento aprofundado, o aperfeiçoamento de técnicas e a prática da ética em situações clínicas ou traumáticas. No entanto, foi somente em 2013, com a implementação da Lei no 12.871, que uma parte da carga horária foi destinada a atividades de atenção básica no Sistema Único de Saúde, abrangendo assim a UE.
Objetivos: Compreender a importância do estudo de emergências médicas na formação curricular dos acadêmicos de medicina e o papel desses acadêmicos nesse contexto.
Metodologia: Esta pesquisa é uma revisão bibliográfica. Para a coleta de dados, foram utilizados os descritores "Equipe de Respostas Rápidas de Hospitais", "Estudantes de Medicina" e "Treinamento com Simulação" na plataforma PUBMED. Foram considerados artigos publicados entre 2020 e 2024. Os critérios de inclusão foram artigos que abordassem a importância do estudo de emergências médicas para acadêmicos de medicina, escritos em inglês ou português, e disponíveis em texto completo. Foram excluídos artigos que não tratassem diretamente do tema principal. No total, foram selecionados quatro artigos para esta pesquisa.
Resultados: A inclusão do estudo da UE no currículo acadêmico mostrou-se importante, destacando-se três tópicos principais: responsabilidade, colaboração interprofissional e aprofundamento do conhecimento. Essa mudança permitiu que os acadêmicos evoluíssem de observadores para participantes ativos, aprimorando suas habilidades de trabalho em equipe e desenvolvendo competências éticas e pensamento crítico. Apesar da percepção positiva, ainda existem lacunas
significativas, como a insegurança dos acadêmicos em relação ao atendimento, desvio de protocolos, falta de cenários para prática, alto custo das simulações em unidades de ensino, baixa disponibilidade de preceptores para acompanhamento, falta de adaptabilidade às mudanças na sociedade e nas atualizações tecnológicas e práticas médicas. É importante destacar que o envolvimento dos acadêmicos em emergências de saúde globais, como a pandemia de COVID-19, validou a importância de desempenharem diversos papéis.
Conclusão: Em suma, o trabalho demonstra a complexidade da formação em contextos de emergência, ressaltando a importância da preparação adequada, da colaboração interprofissional e do uso eficaz de cenários de prática para melhorar a experiência e a qualidade do ensino.
Comissão Organizadora
Taynah de Sousa Rodrigues da Cunha
Rafael Pinto Silveira
Comissão Científica