Introdução: Segundo Maoz et al., a ruptura hepática espontânea é uma complicação aguda relativamente rara de várias patologias hepáticas. Seu aparecimento súbito e desfecho potencialmente fatal o tornam um importante desafio diagnóstico e terapêutico. No seguinte texto, relatamos um caso de causa possivelmente pós-COVID. Objetivo: Apresentar um caso de ruptura espontânea por Hemangioma hepático após infecção por COVID e tratamento adequado para fins científicos. Metodologia: Foi realizada uma revisão de prontuário da paciente internada em um hospital terciário privado da cidade de Maceió-AL. Para fins de base teórica e comparativos, foi utilizada a bibliografia presente no banco de dados Pubmed. Relato de caso: Mulher, 25 anos, sem comorbidades, sem uso de anticoncepcionais orais (ACOs), nega trauma e esquema vacinal para COVID 19, afirma episódio prévio de infecção pelo vírus. Deu entrada no pronto atendimento de um hospital terciário com queixa de dor abdominal. Ao exame físico, taquicárdica, hipocorada (2+/4+) e irritação peritoneal. Foi realizada uma Tomografia Computadorizada de abdome total com contraste, sendo visualizado um hematoma subcapsular hepático. Foi realizada uma angiografia hepática em sala híbrida em procedimento vascular que evidenciou sangramento dos ramos terminais da artéria hepática direita. Em seguida foi realizado embolização superseletiva dos ramos terminais da artéria hepática comum direita com microesfera, com excelente resultado, além de transfusão de hemocomponentes. No 2º dia evoluiu com consumo dos elementos da hemostasia (Síndrome do coágulo). Sendo reabordada com laparotomia exploradora e drenagem do coágulo. Teve alta com melhora no 2º dia após reabordagem. Resultados e Discussão: As principais causas são tumores benignos e malignos, síndrome HELLP, cistos, aneurismas e outros. A apresentação clínica varia de dor abdominal leve a intensa e rápido colapso hemodinâmico. Por mais, a embolização superseletiva é um procedimento terapêutico minimamente invasivo alternativo à cirurgias convencionais em sangramentos hepáticos. Segundo Mocchegiani et al., possui resultados positivos, com hemostasia e diminuição do tumor, além de baixos índices de recidiva. Conclusão: Levando-se em consideração que foram excluídas as causas discutidas anteriormente, podemos sugerir que a infecção do COVID-19 pode ter sido a causadora do evento hemorrágico. Portanto, deve-se conhecer essa patologia e seu manejo.
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