Introdução: O hemangioma hepático é o tumor hepático benigno mais comum na população. Na maioria dos casos, pequeno e assintomático. Entretanto, tumores com mais de 4 cm de diâmetro são denominados de hemangiomas hepáticos gigantes (HHG), correspondendo a 10% do total de casos. Objetivo: Apresentar um caso de sangramento hepático espontâneo e demonstrar o tratamento adequado. Metodologia: Foi realizada uma revisão de prontuário da paciente internada em um hospital terciário privado da cidade de Maceió-AL. Para fins de base teórica e comparativos, foi utilizada a bibliografia presente no banco de dados Pubmed. Relato de caso: Homem, 66 anos, hipertenso, diabético, tabagista, etilista. Deu entrada no pronto atendimento de um hospital terciário com queixa de dor abdominal súbita lancinante associada a náuseas e vômitos. Ao exame físico, taquicardico, palidez cutânea significativa, hipotenso. Dado o diagnóstico de choque circulatório refratário a ressuscitação volêmica. Na admissão, hemoglobina (HB) de 6,4, e foi realizada a transfusão de 3 concentrado de hemácias de urgência. Foi solicitada TC de abdome, com visualização de um hematoma hepático e grande quantidade de líquido livre em cavidade abdominal. Foi realizada angiografia superseletiva em sala cirúrgica híbrida. Observado sangramento do ramo da artéria hepática direita. Em seguida, embolização de ramo da artéria hepática direita com microesferas e liberação de molas tronculares. E, angiografia de controle com sucesso.Tendo alta após 14 dias de observação médica, em que foi evidenciado a diminuição de mais de cinquenta por cento de hematoma hepático, e melhora de parâmetros clínico-laboratoriais. Resultados e Discussão: Hemangiomas são usualmente encontrados em pacientes entre 40 e 60 anos de idade. Mulheres são mais afetadas, na proporção de 5:1 em relação aos homens e o uso de anticoncepcionais orais por, pelo menos, 7 anos, favorece crescimento tumoral e ruptura da lesão, segundo alguns autores. Segundo Maoz et al., a ruptura hepática espontânea é uma complicação aguda relativamente rara de várias patologias hepáticas. Seu aparecimento súbito e desfecho potencialmente fatal o tornam um importante desafio diagnóstico e terapêutico. Conclusão: A ruptura do hemangioma hepático deve ser lembrado e manejado de forma mais breve possível, vide a gravidade do paciente mediante a instabilidade hemodinâmica. Portanto, deve-se conhecer essa patologia e seu manejo.
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