INTRODUÇÃO: O câncer de pênis, apesar de raro, possui alta letalidade e afeta a qualidade de vida. No Brasil, a incidência é notável, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. Este estudo visa revisar os fatores de risco associados a essa doença no país, utilizando artigos publicados entre 2013 e 2023.OBJETIVO: O objetivo central desta pesquisa consiste em identificar e analisar os fatores de risco relacionados ao câncer de pênis em populações brasileiras.METODOLOGIA:Realizou-se uma busca sistemática nas bases de dados PubMed, Scopus e Web of Science. Foram empregados os termos "penile cancer", "Brazil" e "risk factors". A seleção dos artigos abrangeu o período mencionado, considerando publicações em português e inglês, desde que discutissem os fatores de risco ligados ao câncer de pênis em populações brasileiras. Os critérios de inclusão e exclusão guiaram a seleção, e a qualidade metodológica foi avaliada por meio da escala de Jadad. RESULTADOS: Dentro dos parâmetros estabelecidos, 20 artigos foram identificados como pertinentes. Destes, emergiram como principais fatores de risco para o câncer de pênis no Brasil: fimose, higiene genital deficiente, tabagismo, infecção por HPV, baixa escolaridade, baixa renda, idade avançada, histórico de DSTs, consumo de álcool, obesidade e diabetes. A maioria dos estudos também ressaltou a importância da educação em saúde e da realização de exames preventivos para a detecção precoce da doença.CONCLUSÃO : O câncer de pênis é uma enfermidade complexa e multifatorial, com diversos fatores de risco associados. No Brasil, a falta de higiene genital e a presença de fimose são elementos críticos que contribuem para a incidência elevada da doença. Além disso, a promoção da educação em saúde e a realização de exames preventivos desempenham papéis fundamentais no diagnóstico precoce e tratamento adequado. Para um entendimento mais abrangente da epidemiologia e dos fatores de risco do câncer de pênis no Brasil, assim como para o desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção e controle, a necessidade de pesquisas adicionais é incontestável.
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