Introdução: A forma aguda da isquemia mesentérica é rara, porém tem alta taxa de mortalidade. As alterações súbitas do fluxo sanguíneo ao intestino são provocadas pela obstrução da Artéria Mesentérica Superior. O sucesso no tratamento depende, em grande parte, do diagnóstico precoce e da intervenção imediata. Objetivo: Apresentar um caso de angioplastia de artéria mesentérica superior para fins científicos. Metodologia: Foi realizada uma revisão de prontuário da paciente internada em um hospital terciário privado da cidade de Maceió-AL. Para fins de base teórica e comparativos, foi utilizada a bibliografia presente no banco de dados Pubmed. Relato de caso: Mulher, 64 anos, hipertensa, diabética. Deu entrada no pronto atendimento com queixa de dor abdominal em epigástrio associada com vômitos e diarreia. De início, a paciente foi abordada pela cirurgia geral para realização de laparotomia exploradora com ressecção de alças. No ato operatório, cirurgião geral evidenciou alteração de distenbilidade da artéria à palpação, levantando a suspeita de trombo. Com isso, a equipe de cirurgia vascular foi acionada e foi realizada angiografia mesentérica em sala híbrida de cirurgia, em que foi observado estenose de segmento proximal de artéria mesentérica superior. Em seguida, foi realizada uma angioplastia com sucesso. Resultados e Discussão: As principais causas de oclusão arterial aguda mesentérica incluem, principalmente, embolia (50%) e trombose (25%). Segundo Magalhães et al., a alta mortalidade, associada à cirurgia convencional, mostra que há muito campo para procurar melhores tratamentos. O tratamento percutâneo faz parte de uma abordagem sensata para a isquemia mesentérica aguda, constituindo um diagnóstico imediato e restauração percutânea da perfusão de sangue arterial. Embora a terapia endovascular por cateter possa restaurar a irrigação arterial para o intestino isquêmico, a maioria dos pacientes com isquemia aguda tem, pelo menos, alguma parte do intestino francamente necrótico por ocasião do diagnóstico. Estes pacientes ainda requerem uma laparotomia, mesmo quando a circulação arterial for restaurada com sucesso por técnicas endovasculares. Conclusão: A cirurgia convencional ainda é o método mais utilizado mediante uma isquemia mesentérica. Entretanto, deve se conhecer e fortalecer o uso da terapia endovascular minimamente invasiva no tratamento dessa patologia de alta morbimortalidade.
Comissão Organizadora
Comunic Eventos
RENATA DA SILVA MIRANDA
HEVANY BRAGA DE CARVALHO ALBUQUERQUE
ARUSKA KELLY GONDIM MAGALHÃES
RAQUEL TEIXEIRA SILVA CELESTINO
Comissão Científica