Introdução: O uso de cigarros eletrônicos (CE) obteve um aumento significativo nos últimos anos. Seu intuito inicial era a redução de danos, sendo anunciado como uma alternativa mais saudável para pessoas que desejavam parar de fumar. A partir da realização de estudos, evidencia-se que seu uso recorrente retroalimenta a dependência pela nicotina, além dos seus constituintes como agentes cancerígenos, metais pesados, entre outros. Objetivo: Compreender a relação de sintomas psíquicos com o uso de cigarro eletrônico. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa realizada entre julho e agosto de 2023 a qual usou as bases de dados: PubMed e Scielo através dos descritores "Cigarro eletrônico", "Ansiedade" e "Nicotina". Após a busca, foram encontrados 126 artigos, dos quais 7 foram selecionados, e sujeitos ao critério de inclusão: artigos em português e inglês dos últimos 5 anos e relacionados ao tema. Os critérios de exclusão foram: artigos repetidos ou que não tinham relação com a temática. Resultados e Discussão: A partir da análise de estudos, é notório o aumento do consumo do CE no Brasil, tanto por jovens como por adultos. Dados evidenciam que existe uma forte relação entre o consumo e as comorbidades psíquicas e que os sintomas tendem a surgir após 12 meses, estando atrelados a uma neuro inflamação decorrente dos compostos químicos, principalmente da nicotina. Ademais, o efeito costuma ser mais destrutivo se o indivíduo possuir algum transtorno psiquiátrico prévio. Diante disso, a abstinência é outro malefício associado ao vício, pois a falta do CE pode culminar em alterações de humor, como irritabilidade. Outros possíveis problemas são: TDAH, transtorno de estresse pós-traumático, baixa autoestima, além de aumento de impulsividade, provindos do uso constante de CE. Portanto, o CE não é um meio mais saudável e não é indicado para tratamento do vício em nicotina, pois pode ocasionar dependência e sintomas psíquicos. Dessa forma, propostas de conscientização para redução do seu uso são necessárias, tornando-se necessário a realização e divulgação de mais estudos acerca de suas repercussões a longo prazo. Conclusão: Neste estudo foi evidenciado que o CE não é uma alternativa benéfica e eficiente, para cessação ao uso de tabaco, visto que ele é prejudicial à saúde. Se faz necessário a realização de mais pesquisas a fim de aprofundar os conhecimentos no que se refere aos possíveis aspectos desfavoráveis do uso de CE e entender melhor seus malefícios.
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