INTRODUÇÃO: O Brasil ocupa a 4ª posição no ranking mundial de prevalência da Diabetes Mellitus(DM). Tem como frequente complicação o aparecimento de feridas em membros, associadas à neuropatia periférica. Destaca-se então um desafio para a saúde pública, e levanta a questão sobre a possível correlação entre disparidades socioeconômicas interregiões e o aumento da morbimortalidade.Conhecer a prevalência e promover uma análise entre as regiões é fundamental para aprofundar questões implicadas na problemática.OBJETIVO: Determinar a prevalência de úlceras de perna em indivíduos portadores de DM na Região Nordeste (NE) do Brasil, comparando os achados com as demais regiões do país. MÉTODOS: Tratou-se de estudo transversal,de caráter descritivo epidemiológico, utilizou dados da Pesquisa Nacional de Saúde(PNS) realizada no ano de 2019 pelo IBGE/FioCruz, que coletou dados em 94.144 domicílios.O presente estudo selecionou os seguintes indicadores da base de dados: Unidade da Federação; Úlcera/ferida nos pés ou amputação de membros (pés, pernas, mãos ou braços) em pessoas portadoras de DM. Esta população foi categorizada de acordo com a região geográfica e comparados entre si e organizados em análise descritiva.RESULTADOS E DISCUSSÃO: O levantamento de dados revela que 6.236 diabéticos responderam ao inquérito. Destes 378 possuíam feridas, úlceras ou amputações. Analisando a distribuição geral de lesões em diabéticos por região, observou-se que 6,40% ± 0,25 dos diabéticos na região NE possuíam úlceras, enquanto no Norte esse número correspondia a 6,22% dos indivíduos, Centro-oeste(5,81%), Sul(5,76%), Sudeste(5,64%). Enquanto para a média brasileira o valor é de 5,99% ± 0,23. CONCLUSÃO: As informações evidenciadas no trabalho mostram a diferença de prevalência entre o restante do Brasil e o NE, região que enfrenta desafios adicionais de acesso à saúde e distribuição de recursos. Tais informações devem ser melhor aprofundadas a fim de contribuir para implementação de políticas públicas mais eficazes, com foco em medidas de prevenção para controle do diabetes e redução de suas complicações, mitigando assim o impacto negativo que as feridas em membros desencadeiam.REFERÊNCIAS: NASCIMENTO,Osvaldo José Moreira do; PUPE, Camila Castelo Branco; CAVALCANTI, Eduardo Boiteux Uchôa. Neuropatia diabética. Revista Dor, 2016. COELHO, M.S.; SILVA, D.M.G.V.; PADILHA, M.I.S. Representações sociais do pé diabético para pessoas com diabetes mellitus tipo 2. Rev Esc Enferm. USP, 2009.
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