INTRODUÇÃO: Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e bases de dados do Sistema Único de Saúde, as Doenças Cardiovasculares (DCV) são a primeira causa de mortes no Brasil. Os fatores de risco incluem: sexo masculino, idade superior a 65 anos e histórico familiar; fatores modificáveis, como o ambiente, a cultura e o estilo de vida, incluindo a exposição a situações de estresse, sono e socialização. Os efeitos dos fatores comportamentais de risco podem manifestar-se pela elevação da Pressão Arterial (PA), hiperglicemia, hiperlipidemia, sobrepeso e obesidade. OBJETIVO: Correlacionar o perfil epidemiológico e o risco cardiovascular em mulheres atendidas em uma Policlínica de Maceió. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (5.551.179) de duração de 12 meses, realizado presencialmente, com 75 usuárias. Para coleta e análise dos dados, foi utilizado o Google Forms e o Excel. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Média de idade 44 anos. A etnia predominante foi 52% parda, 29,3% branca e 18,6% preta. O peso médio foi de 70,7 kg e altura de 1,60 m. A média da circunferência abdominal (CA) foi 89,48 cm. Conforme a classificação da PA da SBC, 41,3% estavam com a PA ótima; 29,3% normal; 10,9% pré-hipertensa; 14,6% Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) 1; 2,6% HAS 2; 1,3% HAS 3. Os antecedentes pessoais de síndrome metabólica e DCV foram afirmados por 53,3%, sendo mais comum a HAS e a Diabetes Mellitus 2 (DM2). 84% relataram histórico familiar das mesmas doenças. 45,3% fazem uso de medicamentos. 65,3% consomem bebida alcoólica, 24% relataram tabagismo e 1,3% uso de drogas ilícitas. A prática de atividade física (caminhada de pelo menos 10 minutos contínuos) foi negada por 33,3% e o tempo médio de sono foi de 7 horas. 44% referem ansiedade. CONCLUSÃO: A prevalência foi de mulheres, pardas, sobrepeso, com CA de risco (superior a 88 cm), PA ótima no momento da aplicação do questionário, com antecedentes pessoais e familiares para HAS e DM2. O hábito de vida mais comum relacionado com desenvolvimento de DCV foi o consumo de bebidas alcoólicas e vida sedentária. Os principais medicamentos em uso foram os anti-hipertensivos e antidiabéticos. O tempo de sono estava dentro do ideal, mas a maioria possuía estressores associados à rotina. Faz-se necessário prevenir e controlar os fatores de risco detectados como prevalentes, por meio de ações informativas na Atenção Primária à Saúde.
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