Introdução: O Divertículo de Kommerell é um defeito congênito raro do arco aórtico associado à artéria subclávia aberrante. A artéria subclávia direita aberrante (ASDA) é a anomalia do arco aórtico comum, ocorrendo entre 0,5 e 1% da população.O aneurisma aórtico abdominal (AAA), dilatação patológica da aorta abdominal, representa um desafio clínico devido ao risco potencial de ruptura.Objetivo:Relatar um caso de Divertículo de Kommerell em ASDA, associado a AAA e infrarrenal. Metodologia: Dados foram obtidos através de entrevistas com a paciente, histórico clínico ambulatórial e exames de imagem. Resultados: Paciente do sexo feminino, 69 anos, cardiopata, hipertensão primária, dislipidêmica, obesa, diabética, tabagista a 30 anos, cirurgias prévias de 5 cateterismos e 3 angioplastias primárias, refere desconforto aos mínimos esforços e dispneia. Realizada angiotomografia da aorta torácica e abdominal. O estudo imaginológico apresentou sinais de doença ateromatosa difusa, revelou artéria subclávia direita aberrante emergindo na parede póstero-medial da porção distal do arco aórtico, com trajeto retrotraqueal e retroesofágico, deslocando anteriormente, e dilatação na porção proximal, medindo 2 cm de diâmetro (divertículo de Kommerell), mostrou dilatação aneurismática fusiforme no segmento descendente distal/infra abdominal proximal, com diâmetro de máximo de 4,6 x 4,5 cm. Apresentou ainda leve ectasia fusiforme do segmento infrarrenal da aorta, com diâmetro máximo de 3,4 x 3,1 cm, com afilamento focal aórtico inferiormente. Optou?se pelo tratamento endovascular de acompanhamento através de imagem da dilatação, uma vez que se tratava de uma paciente com múltiplos fatores de risco cardiovasculares, idosa, tornado a cirurgia aberta menos atrativa. Além de acompanhamento contínuo semestral como medida profilática, levando em consideração a idade e as comorbidades. Até o momento, não se verificou a necessidade de intervenção cirúrgica como forma de tratamento para a condição rara d a paciente. Conclusão:Para literatura recente, pacientes assintomáticos ou com diâmetro transversal menor ou igual a 5cm, devem ser tratados clinicamente. Sua base deve ser o controle de hipertensão, antiagregantes, redutores de colesterol como prevenção secundária, e acompanhamento contínuo. A diretriz de tratamento para aneurisma abdominal depende de vários fatores, como tamanho e localização do aneurisma, saúde geral do paciente e condição clínica.
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