Caso Clínico: Paciente sexo masculino, 59 anos, em acompanhamento no ambulatório de urologia, de um hospital de referência do estado de Alagoas, para seguimento de um quadro de litíase renal à esquerda, assintomático, no qual foi realizada tomografia computadorizada de abdome total eletiva para investigação, por conseguinte, no laudo tomográfico foi encontrado incidentalmente aneurisma de artéria esplênica. Então, o paciente foi submetido a embolização do aneurisma em sala híbrida, sem intercorrências e boa evolução pós operatória. Introdução: Aneurisma de artéria esplênica é uma dilatação de mais de 50% do diâmetro normal do vaso, sendo o mais comum aneurisma visceral. Nesse contexto, a fisiopatologia está associada a um defeito na túnica média, correlacionado à aterosclerose, que é o principal fator de risco. Além deste, outros fatores de risco modificáveis incluem gravidez, distúrbios do tecido conjuntivo, hipertensão portal e transplante de fígado, bem como não modificáveis: idade avançada e sexo feminino. Objetivo: Discutir um caso de aneurisma de artéria esplênica idiopática manejado em um Hospital de referência em Alagoas. Metodologia: Realizou-se revisão de prontuário e acompanhamento da evolução clínica do paciente. Além disso, utilizou-se as bases de dados Medline (via Pubmed) e LILACS (via BVS) para embasamento científico da discussão do caso. Resultados e Discussões: Em análise à epidemiologia dos aneurismas de artéria esplênica, foi verificado uma maior incidência em mulheres, especialmente na gestação, entretanto, foi apresentado neste relato de caso um homem, representando uma menor porcentagem dos casos. Quanto à clínica, usualmente são assintomáticos, dado exemplificado neste relato. Em alguns casos podem haver sintomas inespecíficos, como náusea e dor abdominal. Ademais, o tratamento pode ser feito através de abordagem conservadora - especialmente aneurismas pequenos e assintomáticos - em que deverá ser feita monitorização a cada 3 anos. O tratamento intervencionista padrão-ouro é a cirurgia endovascular, a exemplo da embolização por mola, como foi demonstrado no caso supracitado. Conclusão: Aneurismas de artéria esplênica são os mais comuns dos aneurismas viscerais, sendo na maioria das vezes assintomáticos. O tratamento depende de tamanho, localização e patologias prévias do paciente. De modo geral, o tratamento preferível é o endovascular, pois este é menos invasivo, tem menor tempo cirúrgico e recuperação pós-cirúrgica mais rápida.
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