INTRODUÇÃO: A doença venosa crônica é um problema de saúde pública e causa principal de veias varicosas - vasos tortuosos e dilatados -, mais comuns nos membros inferiores, as quais costumam ser tratadas em regime ambulatorial. Entretanto, nota-se um importante painel de internações decorrentes de agravamentos nos pacientes portadores dessa patologia. OBJETIVO: Definir o perfil epidemiológico das internações por complicações de veias varicosas em extremidades inferiores no estado de Alagoas, no ano de 2022. METODOLOGIA: Estudo epidemiológico, descritivo, retrospectivo, realizado por meio de dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do SUS (DATASUS). Os dados extraídos são referentes ao número de internações no sistema de informação morbidade hospitalar em Alagoas. As variáveis estudadas foram região de notificação, sexo, faixa etária e valor total gasto por macrorregião, no ano de 2022. O DATASUS é uma base de dados de acesso público e gratuito, sem identificação dos participantes, dispensando apreciação por Comitê de Ética em Pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em 2022, ocorreram 810 internações relacionadas a veias varicosas em extremidades inferiores no estado de Alagoas. Notou-se que o sexo mais acometido foi o feminino, correspondendo a 84,3% (n=683). Já a faixa etária de maior prevalência foi a de adultos de 40-59 anos, equivalente a 58,7% (n=476); e a de menor prevalência foi da faixa etária >80 anos com 2% (n=15). Em relação às macrorregiões do estado, a mais prevalente foi a Macrorregião 1 com 95,8% (n=776), seguida da Macrorregião 2 com 4,2% (n=34). O valor total gasto com as internações foi de R$498.532,99, 95,8% (n=477.594,60) na Macrorregião 1 e 4,2% (n=20.938,39) na Macrorregião 2. CONCLUSÃO: O número de internações relacionadas a veias varicosas em extremidades inferiores em Alagoas em 2022 é considerável e possui um custo importante para a saúde pública. O perfil prevalente observado foi de mulheres em idade adulta (40-59 anos), principalmente na Macrorregião 1, a qual foi responsável por quase 96% dos custos totais. Dessa forma, faz-se necessária a implementação de políticas públicas de educação em saúde que incentivem a busca do tratamento precoce. Além disso, estimular órgãos municipais a promover capacitação e educação continuada dos profissionais da saúde, principalmente da atenção primária, para evitar que esse paciente seja regulado para média e alta complexidade e aumente os custos aos cofres públicos.
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