Caso Clínico: Paciente, 77 anos, sexo masculino, comparece ao ambulatório de Cirurgia Vascular de um hospital de referência de Alagoas, após atendimento em Pronto Atendimento, referindo queda de escada há 01 dia. Ao exame físico, paciente com escoriações e equimoses em membros superiores direito e esquerdo, apresentando perda de tecido, com sangramento ativo. Questionado, refere diabetes mellitus tipo 2 (DM2), hipertensão arterial sistêmica e histórico de cardiopatia. Após avaliação, realizou-se limpeza da lesão e cobertura com membrana de celulose, oclusão com gaze e fixação do curativo com fita microporosa. O procedimento e a progressão clínica - com realização de novo curativo a cada 7 dias - se deu sem intercorrências. Introdução: Existem diversas opções terapêuticas para lesões cutâneas, nesse contexto, a membrana de celulose surge como alternativa para cicatrização de feridas, como úlceras de pressão e queimaduras. Em relação a sua composição, é uma membrana de microfibrilas de celulose entrelaçadas, de origem bacteriana. Objetivo: Discutir a utilização de membrana de celulose para o tratamento de feridas em um hospital alagoano de referência. Metodologia: Realizou-se revisão de prontuário e acompanhamento da evolução clínica do paciente. Ademais, utilizou-se as bases de dados Pubmed, LILACS e Google Scholar para embasamento científico da discussão do caso. Resultados e Discussões: Observou-se que o uso da membrana de celulose é benéfico no tratamento de lesões traumáticas ou ulceradas, a exemplo do relato supracitado, por apresentar propriedades ideais à cobertura de tecido lesionado: fácil aplicação, boa adesão tecidual, mantém a umidade da ferida, absorve exsudatos excessivos, reduz a proliferação bacteriana, a dor e o intervalo entre troca de curativos. Além disso, foi notória a regeneração tecidual a partir da margem até a região central, isso em tempo reduzido quando comparado às técnicas tradicionais, além de ser um material de baixo custo. Assim, a membrana de celulose é uma ótima alternativa para pacientes diabéticos, tal qual o paciente do caso, visto que estes apresentam processo inflamatório prolongado que retarda a cicatrização. Conclusão: A membrana de celulose é uma ferramenta promissora, pois reduz o tempo de cicatrização de feridas pelas suas capacidades de isolamento, boa ventilação e antibactericida. Seu uso, principalmente em pacientes diabéticos, deve ser estimulado, devido à eficácia e praticidade, bem como baixo custo.
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