INTRODUÇÃO: As úlceras venosas (UVs) compreendem a extremidade mais grave da insuficiência venosa crônica, com prevalência de 1% a 2% em pacientes acima de 70 anos e recorrência de 26% a 70% dentro de um ano após a cicatrização. Os tratamentos convencionais, como a terapia de compressão (TC) e a cirurgia de remoção de veias, demonstraram empecilhos no processo de cicatrização de UVs. Assim, técnicas minimamente invasivas, como a Ablação Térmica Endovenosa (ATE), têm sido utilizadas. Esta aplicação de energia térmica para tratar veias doentes facilita a cicatrização de úlceras venosas, bem como reduz a recorrência de UVs. OBJETIVO: Compreender os benefícios da Ablação Térmica Endovenosa no tratamento de úlceras venosas. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, em que foram realizadas buscas online nas plataformas PubMed e BVS, utilizando os descritores Varicose Ulcer, Ablation Techniques, Wound Healing associados ao operador booleano AND e com o filtro de tempo dos últimos 10 anos. Foram encontrados 110 artigos, sendo excluídos os artigos repetidos nas plataformas e os referentes a outros tipos de tratamento de úlceras venosas e tratamento para varizes e por fim, 7 artigos foram selecionados para a pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O tratamento para a causa base das UVs é a TC, no entanto, há má adesão devido ao desconforto dos pacientes e ao tempo do tratamento, além da recorrência após a intervenção. Por outro lado, a ATE precoce e adjuvante à terapia de compressão foi associada à diminuição do tamanho das UVS, bem como a um tempo mais curto da cicatrização em relação à TC isolada. Na cirurgia de remoção de veias, as áreas ao redor da ferida ficam acometidas pela pele mais fibrosa, podendo ampliar a área da lesão e aumentar o risco de infecções. Além disso, por utilizar anestesia geral, há contraindicações relacionadas à idade e a recuperação tem período prolongado. A ATE, que pode ser à laser ou por radiofrequência, envolve a aplicação de energia térmica guiada por doppler e direcionada por cateter dentro de veias superficiais incompetentes, para resultar em uma oclusão venosa permanente, sendo utilizada a anestesia local e tendo como resultados a redução do tempo de recuperação e da recorrência precoce após a intervenção. CONCLUSÃO: A Ablação Térmica Endovenosa de veias superficiais incompetentes favorece a cicatrização de úlceras venosas, bem como reduz a recorrência destas, em comparação aos tratamentos convencionais.
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