Introdução: Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o mais prevalente na população feminina do mundo e a primeira causa de morte por câncer em brasileiras. Logo, sabe-se que as feridas oncológicas são algumas das suas consequências, onde seu odor é característico da proliferação de compostos orgânicos voláteis produzidos por bactérias, afetando a saúde física e o psicológico das pacientes. Nesse contexto, abordagens farmacológicas para controlar odores são fundamentais para a promoção de uma melhor qualidade de vida e impacto positivo na saúde física e mental. Objetivo: Verificar a existência de protocolos farmacológicos para controle de odor de feridas oncológicas de mama e sua correlação com o emocional. Metodologia: O presente trabalho consiste em uma revisão de literatura realizada na base de dados PubMed, utilizando os seguintes descritores: pharmacological, odor control, cancer wounds. Retornaram o total de 368 artigos, dos quais apenas 7 foram selecionados para construção, aplicando os fatores de inclusão, estudos que abordaram com relevância os objetivos da pesquisa, e de exclusão, os que não atenderam aos critérios necessários para revisão supracitada. Resultados e Discussões: Após análise dos artigos, não foram encontrados protocolos farmacológicos específicos para controle de odor em lesões oncológicas de mama, uma vez que, o tratamento e controle do odor variam a depender do estágio do câncer, tipo de lesão, presença ou ausência de infecção e plano terapêutico geral do paciente, impactando em seu bem-estar. Essa ausência de um tratamento eficaz gerou ansiedade em mais da metade da população, visto que, além de lidar com o quadro oncológico, as pacientes sentiam-se constrangidas, desencadeando um quadro depressivo. Entretanto, observou-se que para odores de intensidade leve os medicamentos mais utilizados são sulfadiazina de prata e carvão ativado, enquanto para moderada ou forte intensidades faz-se o uso do metronidazol gel, podendo associar com metronidazol por via sistêmica em casos de piora, porém sem uma resolutividade do quadro. Conclusão: Evidencia-se, então, que embora existam alternativas terapêuticas para o controle do odor em lesões oncológicas de mama, há, ainda, a necessidade de sistematizar um protocolo farmacológico, visando garantir uma melhor assistência à saúde do público-alvo para que ele seja tratado de forma biopsicossocial.
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