Uso de células tronco no tratamento de feridas crônicas

  • Autor
  • Myleide Teodoro Lisboa
  • Co-autores
  • Mariana Nogueira de Lorena e Sá , Felipe Feitosa Sobreira , Aline Coelho Moura , Bruna Peixoto Girard , Guilherme Benjamin Brandão Pitta
  • Resumo
  • Introdução:Células-tronco são células precursoras com capacidade de autorrenovação, diferenciação e divisão celular.Existem três tipos de células-tronco: embrionárias, adultas e pluripotentes. Essas células são utilizadas para reverter ou reparar danos causados pelo envelhecimento ou por lesões teciduais.A ferida é considerada crônica quando o processo de cicatrização não resulta em integridade estrutural ou não cicatriza de forma ordenada, podendo gerar riscos, danos psicossociais e motores aos pacientes. Objetivo: Avaliar a aplicação de células tronco no tratamento de feridas crônicas.Metodologia: Revisão de literatura integrativa realizada na base de dados PubMed e BVS com os descritores “stem cells” AND “treatment” AND “chronic wounds”. Foram incluídos os trabalhos dos últimos 5 anos do tipo ensaio clínico, estudos randomizados, revisão sistemática e meta-análises, que relacionam a aplicação das células-tronco para feridas crônicas. Foram  excluídos os artigos sobre a aplicabilidade das mesmas em animais e sobre outras doenças não relacionadas. Por fim, foram selecionados 11 artigos. Resultados/Discussão: Os estudos analisaram o uso de células-tronco derivadas de sangue periférico (CTDSP), tecido adiposo (CTDTA), medula óssea (CTDMO) e cordão umbilical (CTDCU) em feridas crônicas. CTDTA apresentou melhora clínica, menor tempo de internação e menos cicatrizes. Em fístulas perianais complexas, reduziu a dor e permitiu retorno precoce às atividades, mas a taxa de cicatrização na 24ª semana não diferiu significativamente entre grupos. Para osteomielite, CTDTA mostrou sucesso na neoformação vascular e regeneração óssea. CTDTA, CTDSP e CTDMO, especialmente células mononucleares da medula óssea, evidenciaram resultados positivos. CTDTA e CTDSP são preferidos pela facilidade de acesso. A escolha da terapia ideal depende da individualidade do paciente, considerando etiologia, fonte de células-tronco, via de administração e marcadores celulares. CTDCU resultou em redução gradativa da ferida, aumento da porcentagem média de cura, efeito cicatrizante e diminuição da dor. Conclusão: As terapias baseadas em células-tronco têm potencial para melhorar a cicatrização de feridas sem grandes procedimentos cirúrgicos e morbidade do local doador. Porém faltam estudos mais robustos e orientações sobre como a idade dos pacientes, as condições gerais de saúde e a coexistência de diferentes doenças podem afetar o sucesso destas terapias.

  • Palavras-chave
  • Células-tronco, tratamento, feridas crônicas
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
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  • Pesquisa/Pós-graduação
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  • Pesquisa em Saúde Mental

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