INTRODUÇÃO: As trombofilias se referem a condições que aumentam a propensão para a formação de coágulos sanguíneos. Há vários tipos de trombofilias, incluindo genéticas e adquiridas, que predispõem a eventos trombóticos, como trombose venosa profunda (TVP) ou embolia pulmonar. Essa epidemiologia envolve a prevalência e a distribuição nas populações, de modo que a incidência e mortalidade associadas às trombofilias são influenciadas por fatores como idade, sexo e comorbidades. Essas condições elevam o risco de complicações obstétricas, como trombose e pré-eclâmpsia, aconselha-se a avaliação pré-concepção para mulheres com trombofilia e uso controlado de anticoagulantes durante a gestação. OBJETIVO: Avaliar a relação entre as trombofilias hereditárias com complicações gestacionais. METODOLOGIA: Revisão integrativa, utilizando os descritores: "hereditary thrombophilias" AND epidemiology AND prevalence, base de dados PubMed sem intervalo de tempo e via BVS nos últimos 10 anos. De um total de 84 artigos, 19 foram selecionados pelo título e, após leitura do resumo e textos completos, 8 foram utilizados no presente trabalho. Foram excluídos os trabalhos cujos títulos e resumos foram incompatíveis com o tema. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Analisou-se com base nos estudos uma correlação entre as alterações trombolíticas no decorrer da gestação alterando o prognóstico de maneira insatisfatória. Foram constatadas alterações no fator V de Leiden (FVL), nos genes da protrombina 20210A, na deficiência da antitrombina III, na deficiência da proteína C/proteína S e da hiperhomocisteinemia, na mutação do gene metilenotetrahidrofolato (MTHFR), Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) e Síndrome Anti-Fosfolípide (SAAF). Nota-se que entre os prognósticos desfavoráveis prevaleceram aborto espontâneo, restrição de crescimento e morte intra-uterina, pré-eclâmpsia e perda gestacional recorrente (RPL). Contudo, estudos demonstram que o uso profilático de aspirina não fracionada, a heparina de baixo peso molecular e a aplicação de ácido fólico resultam em um melhor prognóstico. CONCLUSÃO: Demonstrou-se que os fatores tromboembólicos e as complicações gestacionais se relacionam, sobretudo, a genética das pacientes, de modo que resulta em prognóstico negativo, que pode ser otimizado com o uso profilático de aspirina não fracionada, heparina de baixo peso molecular e aplicação de ácido fólico. No entanto, após esse estudo se observa a necessidade de uma investigação mais aprofundada.
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