INTRODUÇÃO: Diabetes Mellitus (DM) é uma doença metabólica crônica caracterizada por alta glicemia, resultado da produção escassa ou da ação ineficaz da insulina, com complicações severas a longo prazo1. Estima-se que em 2021, uma em cada dez pessoas de 20-79 anos tenham DM2. Cerca de 900.000 pessoas vivem com pequenas amputações de membros no mundo, sendo a maioria devido a complicações da DM4, como a Neuropatia Periférica Diabética3. Outrossim, ao associar DM e sintomas depressivos nos brasileiros, 22% dos diabéticos apresentaram sintomas de leves a moderadamente graves5. OBJETIVOS: Investigar as repercussões da amputação na saúde mental de pacientes com DM. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com busca realizada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e PUBMED, utilizando-se a seguinte estratégia de busca: “diabetes mellitus AND saúde mental AND amputações”. Os critérios de inclusão foram artigos disponíveis dos últimos 5 anos, em português e inglês, e o de exclusão foram resultados incompatíveis com o objetivo. Ao total, 79 artigos foram encontrados, dos quais 5 foram selecionados para a construção do trabalho. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Dentre os pacientes com DM amputados, identificou-se menor qualidade de vida, com grandes consequências na saúde mental6. Os principais estressores associados ao sofrimento emocional foram: alta carga de gerenciamento de cuidados, perda da deambulação, estresse econômico devido aos custos de assistência médica e perda de emprego7, além da sensação de ser um fardo para a família e o sentimento de inutilidade4. Ademais, a gravidade dos sintomas depressivos está ligada à limitação das atividades de vida diária5, inclusive indivíduos com área maior de amputação apresentam saúde emocional pior se comparados aos de menor área8. Assim, conforme conceito de Determinantes Sociais de Saúde9, é perceptível que tais circunstâncias são fatores que influenciam direta ou indiretamente no processo de saúde-doença. Por fim, o acompanhamento longitudinal e multidisciplinar dos diabéticos dentro da Atenção Primária à Saúde (APS), proposto na Diretriz de Atenção à Pessoa Amputada, não foi bem relatado durante a análise dos artigos10. CONCLUSÃO: É notório os impactos da amputação na saúde mental dos pacientes com DM. Ademais, faz-se necessária a ampliação do acompanhamento desses pacientes na APS, junto com o incremento de mais estudos sobre a temática, a fim de melhorar a saúde física e mental do grupo estudado.
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