Introdução: A diabetes mellitus é uma doença de caráter crônico e progressivo, que normalmente está relacionada a outras comorbidades, como a hipertensão arterial e a obesidade. Sua prevalência vem aumentando progressivamente ao longo dos anos, e concomitantemente ao aumento da incidência, há o aumento proporcional de complicações, sendo a amputação uma das mais frequentes e impactantes. Neste contexto, o surgimento de complicações impacta negativamente na qualidade de vida destes indivíduos, afetando sua saúde física e emocional, propiciando o surgimento de sintomas depressivos. Objetivo: Elucidar o impacto psicológico da amputação em pacientes diabéticos e sua influência no desenvolvimento de depressão. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, utilizando as bases de dados Pubmed e Scielo, com os descritores: “amputação cirúrgica”, “diabetes mellitus” e “depressão”. Por meio desta estratégia de busca foram encontradas 94 publicações, sendo selecionados estudos publicados nos últimos 5 anos no idioma português, inglês e espanhol, e excluídos artigos duplicados e incompletos. Ao final da leitura dos estudos na íntegra, foram selecionados 7 artigos. Resultados e Discussão: De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), a incidência de depressão nos indivíduos diabéticos é cerca de três vezes maior do que a população geral, e apesar do conhecimento de tal estatística, o transtorno é considerado um dos diagnósticos mais negligenciados relacionados a patologia. Assim, quando surgem complicações relacionadas à doença, como a perda de um membro, os sentimentos que acompanham este evento traumático, como a ansiedade e sintomas depressivos (angústia, tristeza, solidão e culpa) podem afetar profundamente a saúde mental do indivíduo e propiciar o surgimento de sintomas depressivos. Não obstante, o processo de adaptação que afeta a funcionalidade e autonomia do paciente, somados ao estado de humor deprimido que acompanha a depressão, tem efeito sinérgico sobre os pacientes amputados, que acabam por ter má adesão ao tratamento, aumentando o risco de complicações adicionais Conclusão: Tendo em vista o impacto emocional que acompanha a amputação, faz-se necessário a capacitação dos profissionais de saúde envolvidos com o cuidado do paciente diabético submetido à amputação, permitindo a detecção precoce dos sintomas depressivos, a fim de promover um tratamento eficaz, individualizado e integral.
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