Introdução: A úlcera do pé diabético (UPD), influencia significativamente na qualidade de vida, morbidade e alto custo para a saúde pública. Assim, o uso de terapias, como oxigenoterapia hiperbárica (OHB), surge como uma nova modalidade para o tratamento desta patologia, especialmente, as complexas e que não obtiveram resultados satisfatórios com uso de medidas convencionais. Objetivos: Compreender o papel da oxigenoterapia hiperbárica na abordagem não farmacológica na úlcera do pé diabético. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada no período julho a agosto de 2023. Foram utilizadas as bases de dados PUBMED e Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando os seguintes descritores: “Úlceras por pressão”, “Oxigenoterapia hiperbárica” e "Diabetes mellitus”. Com a pesquisa, foram encontrados inicialmente 52 artigos, sendo 8 selecionados, sujeitos aos seguintes critérios de inclusão: artigos em inglês, português e espanhol, dos últimos 5 anos e relacionados ao tema; os critérios de exclusão foram artigos duplicados e sem relação ao tema. Resultados: A diabetes mellitus é uma doença crônica, tendo como uma das complicações mais graves, a UPD. Assim, a utilização da OHB melhora o processo de cicatrização da úlcera e corrobora na correção dos fatores fisiopatológicos envolvidos, demonstrando-se importantes aspectos quando comparados à terapia padrão. Estudos mostram que o uso de OHB propicia a oxigenação tecidual, cobrindo as demandas energéticas, além de atuar nas vias de sinalização da síntese de mediadores inflamatórios (redução de proteínas pró-inflamatórias, interleucinas e citocinas), corroborando para ação anti-inflamatória e analgésica. Ademais, esta terapia estimula a síntese de fatores de crescimento, propiciando a neovascularização e regeneração, a qual contribui para a reperfusão de tecidos isquêmicos e no processo da termorregulação, reduzindo, assim, o tamanho da da úlcera, risco de amputação, melhora da qualidade de vida e da marcha. No entanto, há limitação relacionados à disponibilidade e acesso às câmaras hiperbáricas e a necessidade de maior investigação relacionada aos impactos dos seus efeitos, embora sejam leves e transitórios. Conclusão: A OHB demonstra-se como potencial terapia no tratamento da UPD, podendo impactar positivamente na saúde pública e na qualidade de vida do paciente. No entanto, é fundamental a realização de estudos randomizados controlados e análise dos impactos envolvidos com a utilização desta terapia.
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