O Cadastro Territorial Multifinalitário (CTM) é entendido como um sistema constituído por uma legislação tributária, um banco de dados, uma base cartográfica e boletins com informações descritivas sobre as parcelas cadastrais. Segundo Silva (2006) os princípios básicos do CTM são: a unicidade de parcelas territoriais e a base de dados com informações geométricas e descritivas relacionadas a estas parcelas. Em sua essência, o CTM tem como premissa básica auxiliar os administradores públicos nas tomadas de decisões relacionadas ao ordenamento territorial. Ele pode ser utilizado como referência no âmbito das diversas secretarias municipais: saúde, educação, fazenda, obras, cultura e etc. A eficácia na inserção de um CTM está associada não apenas às tecnologias utilizadas na sua implantação, mas também na resolução temporal, ou seja, na intermitência entre as atualizações realizadas, salientando a imprescindibilidade de revisões periódicas do mesmo. Dentro deste contexto, o trabalho desenvolvido objetivou analisar o grau de desatualização do Cadastro Territorial Multifinalitário de Bom Despacho-MG, o qual possuía uma base cadastral construída majoritariamente no ano de 2007, sendo constatado a possibilidade de haver uma grande defasagem na atualização da referida base. No estudo foi abordado a taxa na qual a área edificada do município variou com o tempo, considerando características posicionais, temporais e socioeconômicas das parcelas. A metodologia consistiu em comparar a base de dados recém gerada (por meio de um levantamento aerofotogramétrico e processo de vetorização das feições em escritório) com àquela já existente e analisar a variação do parâmetro da área edificada de cada unidade da amostra considerada. A amostragem foi segmentada de forma a promover a heterogeneidade dos dados, obtendo assim: 13 setores; 356 quadras; 4.228 lotes; 6.889 unidades. Destes, 461 lotes eram vagos, sendo que apenas 5 permaneceram como tal, consolidando a ideia de que a área construída é um indicador susceptível a grandes variações. O valor total da área edificada cadastrada para as unidades analisadas foi de 427.127,200m². Já o valor total de área edificada atualizada para as mesmas unidades foi de 654.306,861m², totalizando uma diferença de 227.179,661m². Também foram analisados os dados individuais de cada unidade, determinando o valor médio da diferença e da discrepância de área. Feito isto, foi obtido 47,959m² para a diferença média e 65,637% para a discrepância média de área edificada. Ou seja, em média, uma unidade do município de Bom Despacho sofreu um aumento de 47,959m² no valor de sua área edificada, o que representa um acréscimo de 65,637% na dimensão deste parâmetro. Estes resultados confirmam a tendência de defasagem do CTM com o tempo. Cabe ressaltar que a desatualização deste produto pode gerar avarias na aplicação de políticas públicas, planejamento urbano, tributação fiscal e até mesmo no desenvolvimento de uma cidade. Portanto, é essencial que haja um apreço por parte de gestores públicos para que os munícipes por ele geridos aproveitem e apreciem uma administração justa e de prosperidade no progresso municipal.
Os trabalhos aprovados para publicação nos Anais do CONEA 2020, foram classificados em três áreas de conhecimentos no âmbito da engenharia de agrimensura. Em cada dia do CONEA 2020 teremos uma sessão de apresentação dos trabalhos, em cada uma dessas áreas:
Dia 25/11/2020 - 17h30 às 18h50 - Sessão de apresentação de trabalhos - Cadastro Territorial
Dia 26/11/2020 - 17h30 às 18h50 - Sessão de apresentação de trabalhos - Topografia e Geodésia
Dia 27/11/2020 - 17h30 às 18h50 - Sessão de apresentação de trabalhos - Cartografia, Mapeamento, Sensoriamento Remoto, SIG
Em cada dia e horário da respectiva sessão, um dos autores precisa estar on line, no link a ser divulgado, para responder perguntas e prestar esclarecimentos sobre o trabalho, conforme demandas dos participantes do CONEA 2020. Não haverá apresentação específica de cada trabalho. Em cada sessão, um moderador fará uma apresentação geral dos trabalhos (título, autores, e comentários genéricos), podendo ser solicitado algum esclarecimento aos autores, em breve intervenção. Na sequencia teremos o momento de interação dos autores com os participantes do evento. Os autores estarão participando da sessão com áudio e vídeo. Os participantes farão as perguntas e comentários, via chat.
Todos os Resumos dos trabalhos aprovados já estão disponibilizados no site do evento, na aba "Anais". Recomenda-se aos participantes do CONEA 2020 uma leitura prévia dos trabalhos conforme área de interesse, possibilitando assim uma interação mais produtiva.
Agradecemos a participação de todos!
Comissão Científica do CONEA 2020
Coordenação:
Artur Caldas Brandão – UFBA
Lucas Cavalcante – UNIT
Vanildo Rodrigues – UNESC
Demais membros:
Carlos Antonio Oliveira Vieira – UFSC
Claudionor Ribeiro da Silva - UFU
Elder Sanzio Aguiar Cerqueira – UFJF
Elmo Leonardo Xavier Tanajura – UFBA
Everton da Silva – UFSC
Fabiano Peixoto Freiman – UFBA
Hugo Schwalm – UNESC
Leonard Niero da Silveira – Unipampa
Leonardo Campos Inocêncio - Unissinos
Luiz Guimarães Barbosa – UFRRJ
Niel Nascimento Teixeira – UESC
Paulo de Oliveira Camargo - UNESP
Reginaldo Macedônio da Silva – UFRGS
Régis Fernandes Bueno – GeoVector
Ronaldo dos Santos da Rocha – UFRGS
Silvio Jacks dos Anjos Garnés – UFPE
Suzana Daniela Rocha Santos e Silva – UFBA
COMISSÃO ORGANIZADORA do CONEA 2020:
Walterwilson Carvalho Leite – FENEA
Vanildo Rodrigues - FENEA/UNESC
Joseval Costa Carqueija - FENEA
André Nogueira Borges - FENEA
Ronildo Brandão da Silva - FENEA
Hamilton Fernando Schenkel - FENEA
Solivan Serafim - ACEAG
Marcia Virgínia Cerqueira Santos - ASEAB
Tarcísio dos Reis Vieira - SEAMG
Daniella Rodrigues Tavares - APEAG
Madson Agehab – ASMEA
Marino Nazareno Lopes Sumariva - ACEAG
Artur Caldas Brandão - UFBA
Lucas Cavalcante - UNIT