Resumo: A mineração é uma atividade de grande importância para a economia do país, sendo responsável por quase 5% do PIB (Produto Interno Bruto) gerado (IBRAM, 2015). Sendo assim, a determinação de volumes na mineração se faz necessária desde a fase de pesquisa, até a fase final de produção com a medição dos produtos gerados. Equipamentos topográficos, como estação total e tecnologia GNSS, e aerofotogramétricos, como o VANT (veículo aéreo não tripulado), são técnicas que podem ser empregadas para esta finalidade (REN et al., 2019; PADRÓ et al., 2019; SHAHMORADI et al., 2020; RAJ, 2019). Utlizando as metodologias propostas por BERETTA et al (2018) e BRUCH et al. (2019), este trabalho de pesquisa objetivou comparar os resultados de levantamentos Fotogramétrico e Topográfico para cálculo de volume de pilhas em uma empresa de mineração de rochas. Para a aquisição das fotografias, foi utilizado um VANT modelo DJI PHANTOM 4 ADVANCED e para obtenção das coordenadas de apoio, utilizou-se o receptor GNSS modelo Leica SR20. A partir do software Agisoft PhotoScan Trial, utilizou as fotografias aéreas do VANT e os dados do GNSS para o processamento aerofotogramétrico e geração do MDS (Modelo Digital de Superfície), MDT (Modelo Digital do Terreno), ortofotomosaico, curvas de nível e por fim o cálculo volumétrico das pilhas de minério. A metodologia adotada no levantamento com estação total foi a de implantação de uma poligonal de apoio fechada, a partir desta, foram irradiados pontos que determinaram as pilhas de minério. Com a aquisição dos pontos coletados, utilizou-se o software AutoCAD 3D Civil (Autodesk) para o cálculo do volume dos minérios. A análise dos resultados para os valores de área (m²) e volume (m³) das pilhas de minérios apresentou uma divergência de 2,5% para o volume total (ton) das pilhas, sendo aceitável para a atividade proposta . A diferença entre o volume total de minérios obtidos a partir da referência do levantamento topográfico com estação total, 80.100,00 ton, e a partir do levantamento aerofotogramétrico com VANT, 82.116,00 ton, foi de 2.016,00 ton. O grande êxito deste trabalho foi aplicar um método para o cálculo volumétrico das pilhas de minério, a partir do uso do VANT, a fim de gerar maior agilidade e rapidez do levantamento em campo. Foi utilizado o modelo Phantom 4 da empresa DJI, que possui uma câmara integrada a aeronave. A aeronave foi pilotada por um controle e um dispositivo tipo IOS, a uma altura de voô de 120m e GSD de 2,7cm. Uma constatação importante em áreas mais irregulares do topo das pilhas, se refere ao fato de a nuvem de pontos obtida pelo VANT não ter apresentado falhas, permitindo pontos cotados sobre toda a superfície da pilha cortada pelo perfil. Portanto, foi possível concluir que o levantamento com VANT é mais rápido e mais detalhado, levando apenas 3 horas para sua realização, enquanto que o levantamento com Estação Total o tempo de coleta de dados pode chegar a até 2 dias. Além dos resultados obtidos, os produtos gerados podem servir de base para planejamentos na área da Mineradora, conforme houver necessidade. Por fim, recomenda-se que outras pesquisas utilizem outros métodos para calcular o volume, como Laser Scanner (Lidar) e outras técnicas utilizando o GNSS, assim como outros softwares, de maneira a gerar novos resultados comparativos.
Os trabalhos aprovados para publicação nos Anais do CONEA 2020, foram classificados em três áreas de conhecimentos no âmbito da engenharia de agrimensura. Em cada dia do CONEA 2020 teremos uma sessão de apresentação dos trabalhos, em cada uma dessas áreas:
Dia 25/11/2020 - 17h30 às 18h50 - Sessão de apresentação de trabalhos - Cadastro Territorial
Dia 26/11/2020 - 17h30 às 18h50 - Sessão de apresentação de trabalhos - Topografia e Geodésia
Dia 27/11/2020 - 17h30 às 18h50 - Sessão de apresentação de trabalhos - Cartografia, Mapeamento, Sensoriamento Remoto, SIG
Em cada dia e horário da respectiva sessão, um dos autores precisa estar on line, no link a ser divulgado, para responder perguntas e prestar esclarecimentos sobre o trabalho, conforme demandas dos participantes do CONEA 2020. Não haverá apresentação específica de cada trabalho. Em cada sessão, um moderador fará uma apresentação geral dos trabalhos (título, autores, e comentários genéricos), podendo ser solicitado algum esclarecimento aos autores, em breve intervenção. Na sequencia teremos o momento de interação dos autores com os participantes do evento. Os autores estarão participando da sessão com áudio e vídeo. Os participantes farão as perguntas e comentários, via chat.
Todos os Resumos dos trabalhos aprovados já estão disponibilizados no site do evento, na aba "Anais". Recomenda-se aos participantes do CONEA 2020 uma leitura prévia dos trabalhos conforme área de interesse, possibilitando assim uma interação mais produtiva.
Agradecemos a participação de todos!
Comissão Científica do CONEA 2020
Coordenação:
Artur Caldas Brandão – UFBA
Lucas Cavalcante – UNIT
Vanildo Rodrigues – UNESC
Demais membros:
Carlos Antonio Oliveira Vieira – UFSC
Claudionor Ribeiro da Silva - UFU
Elder Sanzio Aguiar Cerqueira – UFJF
Elmo Leonardo Xavier Tanajura – UFBA
Everton da Silva – UFSC
Fabiano Peixoto Freiman – UFBA
Hugo Schwalm – UNESC
Leonard Niero da Silveira – Unipampa
Leonardo Campos Inocêncio - Unissinos
Luiz Guimarães Barbosa – UFRRJ
Niel Nascimento Teixeira – UESC
Paulo de Oliveira Camargo - UNESP
Reginaldo Macedônio da Silva – UFRGS
Régis Fernandes Bueno – GeoVector
Ronaldo dos Santos da Rocha – UFRGS
Silvio Jacks dos Anjos Garnés – UFPE
Suzana Daniela Rocha Santos e Silva – UFBA
COMISSÃO ORGANIZADORA do CONEA 2020:
Walterwilson Carvalho Leite – FENEA
Vanildo Rodrigues - FENEA/UNESC
Joseval Costa Carqueija - FENEA
André Nogueira Borges - FENEA
Ronildo Brandão da Silva - FENEA
Hamilton Fernando Schenkel - FENEA
Solivan Serafim - ACEAG
Marcia Virgínia Cerqueira Santos - ASEAB
Tarcísio dos Reis Vieira - SEAMG
Daniella Rodrigues Tavares - APEAG
Madson Agehab – ASMEA
Marino Nazareno Lopes Sumariva - ACEAG
Artur Caldas Brandão - UFBA
Lucas Cavalcante - UNIT