O Brasil é considerado o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, com a área total a ser colhida na safra 2019/20 estimada em 8,48 milhões hectares e produção de 642,7 milhões de toneladas, constituindo um crescimento de 3,6% em relação à safra anterior. A adoção da colheita mecanizada da cana-de-açúcar no Brasil na safra 2018/2019 foi de 91,6%, representando um grande salto da adoção dessa tecnologia quando comparado ao ciclo 2007/2008, com um crescimento de 22,4%. O Sistema Global de Navegação por Satélites (GNSS) é um sistema de abrangência global que permite atividades que necessitam de posicionamento, dessa forma alguns conceitos antigos como, por exemplo, a Agricultura de Precisão, puderam ser colocados em prática devido à precisão alcançada por essa técnica a partir da integração de várias Geotecnologias. Os erros de paralelismo nas linhas de plantio da cana-de-açúcar, associado à direção manual das colhedoras, podem dificultar a atividade da colheita mecanizada e aumentar o percentual de perdas visíveis no campo. Conhecer as perdas provocadas pela colheita mecanizada guiada de forma manual e autodirecionada por piloto automático a partir do GNSS permite mensurar os benefícios da utilização de Geotecnologias no ambiente agrícola. Foi avaliada uma área de produção de cana-de-açúcar localizada na Usina Agrovale, denominada Oregon (78,48 ha), irrigada por sistema de sulco superficial, com espaçamento simples de 1,50 m, com produtividade real na safra 2020/2021 de 68,40 ton/ha. Para a obtenção dos dados foi efetuado o levantamento em campo dos diferentes tipos de perdas (pedaço solto, lasca, pedaço fixo, cana inteira, tolete, toco, cana ponta e estilhaço) da matéria prima do canavial, sendo coletadas as amostras aleatórias nas linhas de cana colhidas pelas máquinas de forma direcionada manualmente e guiada por piloto automático. Em relação às perdas visíveis por colheita mecanizada verificou-se uma tendência à redução das perdas totais com a utilização de autodirecionamento por piloto automático a partir de projeto georreferenciado de colheita. Os valores de perdas visíveis da cana-de-açúcar em ton/ha foram de 3,2% e 5,7% para colhedoras autodirecionadas por piloto automático e direcionadas manualmente, respectivamente. De acordo com os resultados obtidos, a colheita mecanizada autodirecionada por GNSS proporcionou uma eficiência melhor que a guiada manualmente, transformando-se em benefício para a operação. Segundo o CEPEA, no mês de Outubro de 2020, o preço da saca (50 kg) de açúcar foi de R$ 90,74 na região Nordeste, dessa forma, com a redução de 2,5% da perda da matéria prima da cana-de-açúcar e considerando que em uma tonelada de cana é possível gerar 2,2 sacas de açúcar, o ganho em todo o Campo Oregon seria de R$ 26.790,24 caso todo o canavial fosse colhido mecanizado autodirecionado por GNSS. O investimento em tecnologia de autodirecionamento por GNSS pode variar de acordo a capacidade de recursos disponíveis fornecidos por cada fabricante, ainda assim, o retorno do investimento feito no uso de piloto automático em colhedoras de cana tende a acontecer num período de curto a médio prazo variando de acordo com o tamanho da área a ser beneficiada.
Os trabalhos aprovados para publicação nos Anais do CONEA 2020, foram classificados em três áreas de conhecimentos no âmbito da engenharia de agrimensura. Em cada dia do CONEA 2020 teremos uma sessão de apresentação dos trabalhos, em cada uma dessas áreas:
Dia 25/11/2020 - 17h30 às 18h50 - Sessão de apresentação de trabalhos - Cadastro Territorial
Dia 26/11/2020 - 17h30 às 18h50 - Sessão de apresentação de trabalhos - Topografia e Geodésia
Dia 27/11/2020 - 17h30 às 18h50 - Sessão de apresentação de trabalhos - Cartografia, Mapeamento, Sensoriamento Remoto, SIG
Em cada dia e horário da respectiva sessão, um dos autores precisa estar on line, no link a ser divulgado, para responder perguntas e prestar esclarecimentos sobre o trabalho, conforme demandas dos participantes do CONEA 2020. Não haverá apresentação específica de cada trabalho. Em cada sessão, um moderador fará uma apresentação geral dos trabalhos (título, autores, e comentários genéricos), podendo ser solicitado algum esclarecimento aos autores, em breve intervenção. Na sequencia teremos o momento de interação dos autores com os participantes do evento. Os autores estarão participando da sessão com áudio e vídeo. Os participantes farão as perguntas e comentários, via chat.
Todos os Resumos dos trabalhos aprovados já estão disponibilizados no site do evento, na aba "Anais". Recomenda-se aos participantes do CONEA 2020 uma leitura prévia dos trabalhos conforme área de interesse, possibilitando assim uma interação mais produtiva.
Agradecemos a participação de todos!
Comissão Científica do CONEA 2020
Coordenação:
Artur Caldas Brandão – UFBA
Lucas Cavalcante – UNIT
Vanildo Rodrigues – UNESC
Demais membros:
Carlos Antonio Oliveira Vieira – UFSC
Claudionor Ribeiro da Silva - UFU
Elder Sanzio Aguiar Cerqueira – UFJF
Elmo Leonardo Xavier Tanajura – UFBA
Everton da Silva – UFSC
Fabiano Peixoto Freiman – UFBA
Hugo Schwalm – UNESC
Leonard Niero da Silveira – Unipampa
Leonardo Campos Inocêncio - Unissinos
Luiz Guimarães Barbosa – UFRRJ
Niel Nascimento Teixeira – UESC
Paulo de Oliveira Camargo - UNESP
Reginaldo Macedônio da Silva – UFRGS
Régis Fernandes Bueno – GeoVector
Ronaldo dos Santos da Rocha – UFRGS
Silvio Jacks dos Anjos Garnés – UFPE
Suzana Daniela Rocha Santos e Silva – UFBA
COMISSÃO ORGANIZADORA do CONEA 2020:
Walterwilson Carvalho Leite – FENEA
Vanildo Rodrigues - FENEA/UNESC
Joseval Costa Carqueija - FENEA
André Nogueira Borges - FENEA
Ronildo Brandão da Silva - FENEA
Hamilton Fernando Schenkel - FENEA
Solivan Serafim - ACEAG
Marcia Virgínia Cerqueira Santos - ASEAB
Tarcísio dos Reis Vieira - SEAMG
Daniella Rodrigues Tavares - APEAG
Madson Agehab – ASMEA
Marino Nazareno Lopes Sumariva - ACEAG
Artur Caldas Brandão - UFBA
Lucas Cavalcante - UNIT