O Brasil propõe a Educação Permanente em Saúde (EPS) como estratégia de transformação das práticas de formação em serviço, assistência, gestão, formulação de políticas e participação popular no setor Saúde. As disparidades duradouras, mesmo suscetíveis a alterações, são referidas como iniquidades. Para enfrentá-las, o Ministério da Saúde e outras instâncias de administração do Sistema Único de Saúde (SUS) estão implantando e/ou implementando as Políticas de Promoção da Equidade em Saúde (PPES), visando reduzir as situações de vulnerabilizações enfrentadas por determinados segmentos da população. O presente estudo objetivou compreender como estas políticas estão sendo integradas no âmbito do SUS. Como método foi realizada a revisão integrativa a partir de pesquisas disponíveis na Biblioteca Virtual de Saúde publicados nos últimos 10 anos, tendo como descritores: EPS + Políticas Públicas de Saúde + Equidade. Os critérios de inclusão foram artigos na íntegra, em língua portuguesa, frutos de pesquisas originais. Foram excluídas teses, dissertações e artigos de revisão sistemática ou integrativa. Ao final, 12 artigos compuseram o escopo para análise da revisão. Observou-se uma carência de pesquisas científicas que abordem o tema aqui debatido. Verificou-se que a formação em saúde precisa se afirmar como um espaço de estímulo ao pensamento crítico-reflexivo. Os estudos apontam ainda que experiências de educação permanente em saúde vêm como um convite à construção coletiva, gerando novas estratégias de trabalho, que surgem a partir da problematização das vivências no trabalho em saúde, o que possibilita ações relacionadas aos princípios e diretrizes do SUS. Nesse sentido, abordar as políticas de saúde que promovam a equidade se mostra um caminho possível, uma vez que se observam as necessidades de cada recorte populacional específico, problematizando as diversas práticas e cuidados em saúde, garantido uma atenção equânime e territorializada. Além disso, esse estudo pode descrever a importância da EPS na construção do conhecimento, na promoção e no fortalecimento de ações em busca de melhorias no fazer saúde. Reafirma-se, assim, a importância de se refletir e se trabalhar temáticas como as PPES e os grupos vulnerabilizados, bem como trazer reflexões e ações que visem encontrar caminhos para melhorar a atuação profissional, reorganizando os processos e transformando o fazer saúde no SUS.