Nos últimos anos, os eventos climáticos estão ganhando maior evidência na mídia e nos debates públicos; embora sua origem tenha sido no EUA na década de 70, quando pensamos os efeitos das mudanças climáticas, ocasionados pela ação do homem e do capitalismo, é relevante, um recorte interseccional (raça, classe e gênero); onde a maioria afetada por tais eventos adversos ocasionados no meio ambiente, são em maioria: negros, indígenas, mãe solos e população em situação de rua, convencionou-se então, nomear estes eventos, como Racismo Ambiental. O presente resumo, é fruto de um projeto de tese de doutorado (em andamento). No Brasil, temos presenciado uma sequência de desastres ambientais, que tem afetado majoritariamente, pessoas que já se encontram em vulnerabilidade, logo vulnerabilizadas. Nesta perspectiva, racismo ambiental, justiça climática, zona de sacrifício, se entrecruzam. Portanto, é crucial compreender como as pessoas em situação de rua percebem e lidam com esses fenômenos climáticos, conectando essas questões ao racismo ambiental. Este estudo, busca compreender, as consequências do racismo ambiental na população em situação de rua (PSR) na cidade de Macaé, RJ. O objetivo principal é investigar como o racismo ambiental afeta a vida dessas pessoas, especialmente em relação aos eventos climáticos, e propor melhorias nas políticas públicas voltadas para essa população vulnerável.Utilizando uma abordagem qualitativa e quantitativa, serão realizadas entrevistas com PSR em Macaé para compreender suas vivências, percepções e dificuldades relacionadas aos eventos climáticos e ao ambiente em que vivem. Serão explorados aspectos como raça, renda, tipo de moradia, idade e tempo de vida nas ruas. Além disso, serão analisadas as políticas públicas existentes e propostas de melhorias com base nos resultados obtidos. Espera-se que o estudo, revele a forma como o racismo ambiental impacta a vida das PSR( Pessoas em situação de Rua) no Município de Macaé-RJ, evidenciando as desigualdades sociais e raciais presentes nesta população. Os resultados também, podem contribuir para a formulação de políticas mais eficazes e inclusivas para atender às necessidades, objetivando a equidade. Este estudo, visa destacar a importância de compreender o racismo ambiental, através da narrativa, das pessoas que encontram-se em situação de rua, especialmente, em um contexto de mudanças climáticas e desigualdades sociais. Propõe-se, que ações para combater o racismo ambiental, sejam integradas às políticas públicas, visando garantir direitos e dar voz, e tornar visível, corpos que foram desde a fundação destes pais, aleijados de direitos.