Introdução: O corpo feminino e suas manifestações como a maternidade, eram motivos de inquietação, o que traz inúmeras transformações dessa mulher que guardava tantos mistérios e que por conseguinte causava de certa forma “medo” rejeição, isolamento, violência, curiosidade, entre outras. Mas nem sempre a imagem dessa mulher esteve permeada de sentimentos hostis. No período medieval a mulher era vista como um ser sagrado e polida de conhecimentos quase divinos, pois era capaz de gerar vida em seu ventre. Depois essa imagem sofre uma transformação. A mulher é vista aqui como pecadora, provocadora dos instintos sexuais dos homens, essa intrusa que seduz sem piedade com seus conhecimentos com o corpo. Objetivo: Problematizar ou polemizar alguns conceitos ao longo da história acerca da colonização dos nossos corpos, especialmente o feminino. Este trabalho faz parte da dissertação de mestrado no Programa de Pós -Graduação em Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia (PPGVIDA) do Instituto Leônidas e Maria Deane/ILMD/Fiocruz Amazônia. Metodologia: pesquisa bibliográfica, especialmente sobre a decolonialidade e o cuidado em saúde da mulher. Desenvolvimento: a Decolonidade discute temas em relação aos processos de colonialidade do poder, do saber e do ser, colonizando os nossos pensamentos, conhecimentos e modos de conceber o corpo e o mundo. Conclusão: O corpo da mulher no pensamento eurocêntrico, visto como objeto e como um corpo imperfeito, servindo somente para a reprodução. Assim, a necessidade de decolonizar as cenas do parto, especialmente pela biomedicina, e promover outras formas de conceber a gestão, parto e nascimento em diferentes culturas, povos e territórios.