Parteiras tradicionais na saúde indígena do Distrito Sanitário Especial Indígena Alto Rio Solimões, Amazonas

  • Author
  • Cristiane Ferreira da Silva
  • Co-authors
  • Júlio Cesar Schweickardt , Janayla Bruna Almeida de Oliveira , Sediel Andrade Ambrósio , Julia Moreno Adão
  • Abstract
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    Apresentação: O Distrito Sanitário Especial Indígena Alto Rio Solimões é um dos 07 DSEI do Amazonas, localizado na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, tem extensão territorial de 214.217,8 Km, com população de 73.386 indígenas aldeados de 07 etnias (Ticuna, Kokama, Kambeba,. ,Kaixana, Kanimari, Witoto e Maku Yuhup), que vivem em 241 aldeias, situadas em 07 municípios. São assistidos por 59 equipes multidisciplinares de saúde indígena (EMSI) em 13 polos bases e 16 unidades Básicas de Saúde. No DSEI ARS as parteiras indígenas são essências no cuidado materno e infantil nas aldeias, pois são as primeiras a serem procuradas pelas mulheres indígenas quando ficam grávidas, e estas seguem cuidando da mulher durante a gestação, parto e puerpério. E são as primeiras a receberem o recém-nascido e a realizar os cuidados. As ações da Saúde da Mulher indígena são desenvolvidas nas aldeias pelas EMSI, e acompanhadas pelo DSEI, onde assistem a mulher como um todo com enfoque no Pré-Natal intercultural, realizam busca ativa das gestantes faltosas e pré-natal domiciliar com o apoio das parteiras. Objetivos: O presente trabalho descreve o acompanhamento de pré-natal das mulheres indígenas do DSEI Alto Rio Solimões, busca fortalecer a inclusão das parteiras no cuidado materno infantil junto as EMSI, discute os desafios enfrentados. Métodos: As informações apresentadas foram coletadas do banco secundário de informações SIASI (Sistema de informação da Saúde Indígena), os dados foram tabelados utilizando o software “Microsoft Excel” e, após isso, processados utilizando o “R Studio 4.1.2”. Feitas tabelas descritivas das informações quantitativa. Resultados: Ao analisarmos as informações do DSEI ARS em 2023, verifica se que houveram 2.311 gestações finalizadas, com 95,41% de cobertura de pré-natal e destas 67% tiveram 6 ou mais consultas. Quanto aos nascimentos mostra que mesmo havendo a presença das EMSI em área, as parteiras assistiram 46,22% do total de partos do DSEI ARS. Ao analisar a série histórica de nascimentos e verificou-se que o acompanhamento das parteiras nos partos assistidos em 2013 foi de 42,49% dos partos, em 2014 de 46,47%, em 2015 de 50,43%, em 2016 de 42,86%, em 2017 de 47,09%, em 2018 de 52,53%, em 2019 de 54,30%, em 2020 de 54,72%, em 2021 de 53,46%, em 2022 de 47,17%. Considerações finais: As maiores dificuldades persistem no início do acompanhamento de pré-natal, pois muitas mulheres ainda iniciam tardiamente. E as oficinas de trocas de saberes com as parteiras e EMSI tem se mostrado umas das principais estratégias junto as EMSI fortalecendo a inclusão das parteiras no cuidado, buscando a redução da morbimortalidade materna, infantil e fetal. O DSEI ARS tem garantido a realização das oficinas no plano de trabalho, e conta com o apoio do Lahpsa e minilaboratório de cartografia social do Amazonas.

     

  • Keywords
  • parteiras, pré natal, parto
  • Subject Area
  • EIXO 5 – Saúde, Cultura e Arte
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