DESAFIOS DE SAÚDE MENTAL EM COMUNIDADES DE BAIXA RENDA NO ESTADO DO PARÁ

  • Author
  • Gabriella do Carmo de Azevedo
  • Co-authors
  • Carlos Matheus Matos Santos dos Santos
  • Abstract
  •  

    APRESENTAÇÃO

    O presente trabalho busca dialogar a respeito dos desafios de saúde mental em comunidades de baixa renda no Estado do Pará que podem ser diversos e complexos. Em áreas com recursos limitados, o acesso a serviços de saúde mental de qualidade pode ser escasso, o que pode resultar em subdiagnóstico e subtratamento de condições psicológicas. Além disso, questões socioeconômicas, como desemprego, violência urbana e falta de moradia adequada, podem contribuir significativamente para o estresse e os problemas de saúde mental nessas comunidades.

    DESENVOLVIMENTO 

    Inicialmente, compreende-se que a falta de conscientização a respeito da importância da saúde mental e o estigma associado à busca por ajuda psicológica também são desafios preocupantes, tendo em vista que a sociedade brasileira é a mais ansiosa do mundo. Com isso, a população que sofre com a questão da insegurança alimentar, desemprego entre outros acabam tendo seus direitos relacionados à saúde restritos, levando essas pessoas a sofrerem em silêncio, sendo, majoritariamente, a população negra. Assim, com os profissionais de Serviço Social, as viabilizações de direitos conseguem ser melhor ampliada, ao utilizar das políticas públicas para melhorar as condições socioeconômicas das comunidades de baixa renda e estimular o aumento de acesso a serviços de saúde mental, tendo em vista que são públicos mais suscetíveis a situações de sofrimento psíquico em detrimento do contexto de vida.

    RESULTADOS

    Ante ao exposto, o fator econômico é um dos empecilhos da saúde mental nas comunidades de baixa renda, visto que nesse espaço estão agrupadas na pobreza, pois essa população não obtêm condições de gerar renda suficiente para obter acesso aos meios de recursos básicos dignos para melhores condições de vida, como por exemplos serem excluídos das políticas, tratando do assunto abordado, da saúde pela condição dos  espaços de acessos aos serviços de atendimentos, locais afastados geograficamente dos domicílios do grupo relacionado. Desse modo, ocorre o afastamento da inserção de procura dos serviços, quando em vez de incluir acabar por excluir. Ademais, os empecilhos econômicos para o acesso de tratamentos de saúde mental evidenciam a desigualdade social de forma cruel, em vista que a sociedade capitalista não está ligando para a condição mental e sim para a condição física, ao qual gerará lucro. Nesse sentido, o recorte da população de baixa renda configura-se na perspectiva de vivência de uma realidade permeada, principalmente após os impactos gerados do fenômeno da pandemia do covid-19, assuntos que antes já existiam, como cansaços extremos, irritabilidades, humilhações, discriminações, entre outros por muito tempo isso foi normalizado na sociedade, principalmente nas comunidades que recebem ao menos um salário mínimo. 

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

    Em suma, a ausência de capacitação de informações a respeito da saúde mental está relacionada às notícias equivocadas sobre o assunto onde nota se um estigma dos estereótipos de “louco”, fazendo ser descartados ou até mesmo ignorados. Ou seja, faz-se fundamental o diálogo e a promoção de ações e atividades com as comunidades de baixa renda para promover esse olhar mais sensibilizado, uma vez que a população preta é quem mais sofre com essa expressão da questão social. 

     

  • Keywords
  • Saúde Mental; COVID-19; Comunidades; Baixa Renda; Pará.
  • Subject Area
  • EIXO 6 – Direito à Saúde e Relações Étnico-Raciais, de Classe, Gênero e Sexualidade
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