Apresentação: O presente trabalho tem por finalidade apresentar a importância da atuação de acadêmicas do curso de medicina em reuniões do conselho do Sistema Único de Saúde (SUS). O trabalho tem como objetivo discorrer sobre como o aumento da participação das estudantes nesse meio pode contribuir na formulação de políticas e tomadas de decisões a fim de melhorar o sistema público. Desenvolvimento:A criação do Conselho Nacional de Saúde foi regulamentada pela Lei n° 8.142/1990 sendo uma instância colegiada, decisória do Sistema Único de Saúde (SUS) e integrante do Ministério da Saúde. Nota-se, portanto, que a ausência de mulheres e em especial das acadêmicas de medicina em todos os conselhos de saúde sejam municipais, estaduais, e federais é uma realidade no SUS. A importância do engajamento de mulheres e em especial estudantes femininas não só de medicina perante as reuniões do conselho faz-se necessária, para trazer as temáticas do mundo das mulheres. Em primeiro lugar, agrega um enriquecimento nas discussões e decisões, uma vez que essa presença apresenta perspectivas inovadoras sobre as questões de preocupações e necessidades específicas das mulheres em relação à saúde sejam adequadamente consideradas e abordadas nas políticas de saúde pública. Questões como saúde reprodutiva, sexual, câncer de mama, câncer de próstata em mulheres afetam predominantemente mulheres e devem ser discutidos por essas. Buscando a construção e fortalecimento do vínculo entre as acadêmicas e a comunidade, representada nos conselhos do SUS, fortalece significativamente a relação entre esses dois âmbitos, já que a integração no ambiente real de gestão de saúde pública possibilita as acadêmicas uma visão integral e detalhada dos processos envolvidos na prestação de serviços de saúde para toda a população. Resultados: Por fim, essa parceria torna-se essencial para a continua construção do sus com mais equidade, integralidade e representativa, possibilitando uma troca contínua de experiências, necessidades e soluções entre os profissionais de saúde em formação e usuários que eles servirão no futuro. Considerações finais: Nesse sentido, é crucial considerar a reformulação da legislação existente para incluir explicitamente a participação das estudantes de medicina nas reuniões e decisões dos conselhos do SUS. Essa inclusão de mulheres reconhece a importância do envolvimento dos futuras trabalhadoras de saúde, e a participação ativa e formal entre as acadêmicas de medicina e o conselho na busca por uma saúde pública inclusiva de qualidade.