A Diabetes Mellitus (DM) destaca-se como um dos problemas de saúde mais prevalentes na sociedade, representando um desafio significativo para a saúde pública no século XXI. Esta condição é crônica, multifatorial e sistêmica. O presente trabalho teve como objetivo desenvolver um plano de autocuidado de lesões para os portadores de Diabetes Mellitus que freqüentam unidades de saúde da atenção primária na cidade de Manaus, Amazonas, além de desenvolver materiais educativos e sessões de orientação personalizadas para cada paciente, abordando a compreensão da diabetes, suas complicações, importância do tratamento, prevenção da doença e autocuidado nas lesões, estabelecer um sistema de monitoramento regular das lesões, incentivando os pacientes a registrar e reportar alterações, como dor, inchaço ou alterações na aparência da ferida de maneira que seja possível realizar avaliações periódicas e ajustar o plano de autocuidado de acordo com a evolução do estado de saúde do paciente e capacitar os pacientes para realizar autoavaliações regulares, identificando sinais precoces de possíveis complicações incentivando-os a relatar prontamente qualquer preocupação à equipe de saúde. A metodologia adotada para essa iniciativa foi um estudo longitudinal, que visa observar e coletar dados de uma amostra ao longo de um período extenso, permitindo a análise de mudanças e desenvolvimentos ao longo do tempo de lesões diabéticas e o autocuidado dispensado aos usuários acometidos pela doença. Além disso, um estudo de intervenção, que abrange um conjunto de abordagens sistemáticas, estratégias e procedimentos destinados a promover mudanças positivas, resolver problemas específicos e atingir metas predefinidas. A pesquisa foi conduzida em quatro unidades do Distrito Sul de Manaus-AM. Para enriquecer a revisão bibliográfica, foram analisados artigos dos últimos dez anos relacionados ao manejo e autocuidado de lesões diabéticas, provenientes das bases de dados Scielo, Google Scholar e Lilacs, sem restrição de idiomas. A experiência prática concentrou-se no autocuidado de lesões diabéticas, envolvendo o acompanhamento longitudinal das equipes de saúde, o suporte da família por meio de sua capacitação e a assistência de um cuidador. Considerações finais: as demandas de saúde dos portadores de lesões diabéticas foram atendidas, indicando que, após as orientações sobre o processo de autocuidado, não houve retorno às unidades de saúde para cuidados adicionais. Contudo, é observado que o autocuidado com apoio fragmentado afeta negativamente as dimensões da gestão do cuidado, tornando desafiador atender à singularidade de forma integral, ampliada e ética.
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