O atual projeto de pesquisa busca compreender quais foram as produções realizadas nos últimos cinco anos na área da saúde para a população trans no Brasil. A escolha pelo tema possui como intuito dar destaque a população trans brasileira, bem como conhecer sua vida cotidiana. Isto é, objetiva-se reconhecer suas características e peculiaridades, pois requerem uma atenção especial no que se refere ao apoio a esses indivíduos, na medida que sua existência se dá por diversas vezes estigmatizada e seu processo de transição é marcado por solidão. Sendo assim, a presente pesquisa sustenta-se em uma abordagem qualitativa a partir da metodologia de pesquisa bibliométrica e documental, pois ambas permitem mensurar a produção científica acerca do tema e dar subsídio para a exploração da temática, tendo como finalidade principal desenvolver, esclarecer e transformar conceitos e ideias. O problema de pesquisa refere-se à investigação das produções acerca da população trans e a área de saúde, especificamente nos últimos cinco anos, tendo por objetivo geral a compreensão desses trabalhos. Os objetivos gerais dizem respeito a realização bibliométrica e documental sobre a abordagem no campo da saúde da população trans, no intuito de analisar suas contribuições na garantia de direitos desse público alvo e aprofundar ações de extensão que contemplem estes sujeitos, criando espaços de debate e formação. Além disso, utiliza-se de categorias de análise da realidade para auxiliar na compreensão do tema, sendo estas: Identitade de Gênero, Variedade de Experiências, Transição de Gênero, Discriminação e Estigma, Saúde Mental e Bem-Estar, Legislação e Direitos, Comunidades e Apoio, entre outras. A partir da análise das produções, os resultados obtidos demonstram que a identidade de gênero se dá como uma vivência e as pessoas trans frequentemente enfrentam inúmeras formas de preconceito, estigma e violência, fazendo com que encontrem-se em situações de extrema vulnerabilidade, trazendo fragilidade social em todos os âmbitos da sua vida cotidiana. Essa discriminação manifesta-se a partir do acesso precário à saúde, moradia, emprego, educação e interações sociais. Por consequência, as pessoas trans possuem mais probabilidade de enfrentar problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade e ideação suicida. Por essa razão, em diversos lugares, a população trans sustenta-se e sobrevive através de lutas por reconhecimento legal e acesso às garantias sociais básicas, tais quais proteção contra o preconceito, cuidados de saúde adequados e igualdade perante a lei em áreas como casamento, adoção e identificação legal. Sendo assim, a comunidade trans e aliados desempenham papel fundamental no fornecimento de apoio, recursos e redes de suporte para essa população. Por fim, evidencia-se a necessidade urgente de reconhecer e respeitar a diversidade e complexidade das vidas trans a fim de auxiliar na criação de uma sociedade mais inclusiva e acolhedora para todas as identidades de gênero.
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