“A GENTE ORIENTA DE TUDO”: POSSIBILIDADES DE PRÁTICAS EDUCATIVAS NO COTIDIANO DOS PROFISSIONAIS DE ENDEMIAS EM MANICORÉ-AM.

  • Author
  • Alexsandro Felix de Oliveira
  • Co-authors
  • Maria Adriana Moreira , Paulo Robson Oliveira de Macedo , Roberto Bentes Rodrigues , Marcondes Ferreira Brasil , Erivan Souza da Costa
  • Abstract
  • Introdução: As práticas de saúde têm um papel fundamental nas ações de vigilância em saúde no território, sendo reveladora de elementos de vigilância e educação popular em saúde, sobretudo nas interações de diálogo entre os a profissionais de endemias e os moradores nas visitas domiciliares. Objetivo: Relatar as vivências e práticas educativas em saúde realizadas pelos Agentes de Combate as Endemias (ACE) e microscopistas aos usuários na prevenção e controle de doenças. Metodologia: Trata-se de descrever como se desenvolve as práticas educativas no cotidiano de trabalho do ACE e microscopistas na área urbana e rural. É a prática que dialoga com os saberes que circulam na comunidade na vigilância popular em saúde. Foram feitas em torno de três perguntas norteadoras para os profissionais presentes em uma roda de conversa a respeito de suas atividades educativas durante as visitas domiciliares. Ao todo participaram 08 ACE e 01 Microscopista. Resultados: No período de 2021 a 2023 nas visitas domiciliares foi alcançado acima de 90% dos ciclos de dengue, sendo preconizado 80%. O Levantamento Rápido de Índice de Infestação-Liraa tem se demonstrado de médio a baixo risco, e em 2023 foram notificados 103 casos e confirmados apenas 13 casos de dengue, classificando o município como baixa incidência para dengue. E assim as práticas educativas acontecem: sobre quais temas vocês mais orientam os moradores? A maioria respondeu que: “a gente orienta de tudo” dentre as principais temáticas, relataram a prevenção das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes, lixo nos quintais e nas ruas, a contaminação da água, ferida de leishmaniose, vacinação de cachorros de gatos, “fumacê” nos bairros, malária, criadouro de mosquito e se tem veneno na “funasa”. Há um preparo para realizar essas orientações ao morador? Alguns pesquisam palavras para começar como por exemplo o “significado de proliferação” mas a maioria orienta conforme a sua experiência. É sempre com o diálogo que as práticas ocorrem “sempre chamamos o morador para ver as larvas e as pupas na água parada fazendo medo, dizendo que já é o mosquito da dengue que vai nascer”. De onde vem o conhecimento para essa troca de saberes entre vocês e os moradores? “Pela experiência de 15 anos de profissão, de um ACE mais experiente para o outro, depois com os cursos e a internet, palestras nas escolas com as enfermeiras do Programa Saúde na Escola e o morador conversa mais sobre o que escuta na televisão, assim vamos trocando ideias, mas “o morador aprende mais com nós ACE” por exemplo eles aprendem o porquê de fazer limpeza das caixas d’água e que aquele “bichinho” que tanto falam se chama larva. Considerações finais: Nessas as práticas educativas o foco é despertar a adesão dos moradores nas ações de rotinas de envolvimento coletivo, haja vista que, o importante nestas é a sensibilização e a mobilização da comunidade para os temas de promoção e prevenção das doenças no território. Esse envolvimento é despertado pela educação popular que é protagonizado pelos agentes e microscopistas de Manicoré e necessitam do papel ativo do morador.

     

  • Keywords
  • endemias; vigilância em saúde; educação em saúde.
  • Subject Area
  • EIXO 5 – Saúde, Cultura e Arte
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