INTRODUÇÃO: A Educação Alimentar e Nutricional (EAN) é composta por ações que tem por objetivo promover mudanças positivas na relação dos indivíduos com os alimentos, essas ações têm características intersetoriais e são adaptadas conforme a necessidade dos cenários de prática, de maneira a permitir a integração de temas sobre alimentação e nutrição nas escolas. Em um mundo em que se tem visto o aumento no consumo de alimentos industrializados e embutidos e a diminuição de alimentos saudáveis que ampliam o número de indivíduos portadores de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, há a necessidade de ações educativas que tenham por objetivo desenvolver hábitos alimentares saudáveis. Como o período da educação infantil (creche e pré-escola) é caracterizado pelo amadurecimento de vários aspectos do desenvolvimento humano, a medida que um conjunto de ações envolve esse público, favorecem o estímulo a práticas alimentares saudáveis e adequadas. OBJETIVO: Estimular o consumo de alimentos in natura e a redução do consumo de alimentos ultraprocessados através de recursos lúdicos e com linguagem simples, incentivando a construção de uma relação saudável com a comida desde a infância. MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência sobre as atividades de EAN realizadas durante um estágio supervisionado de Nutrição em Saúde Pública da Faculdade de Nutrição (FANUT) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), no período de agosto a outubro de 2022. As ações foram realizadas em quatro escolas de modo presencial, nas quintas-feiras, no período matutino, com o público pré-escolar com idade entre 01 a 06 anos. Aplicou-se diversos recursos educativos (contação de histórias, palitoches, alimentos e preparações culinárias). As acadêmicas de nutrição, sob supervisão da nutricionista responsável pelo setor e na função de preceptora de estágio, foram responsáveis por todas as etapas de realização da ação, desde o planejamento à conclusão das atividades. RESULTADOS: Os métodos empregados para a realização da atividade de EAN evidenciaram mudanças positivas nos hábitos alimentares e no comportamento das crianças participantes. O uso de recursos lúdicos contribuiu para despertar o interesse e a curiosidade das crianças, que se mostraram muito receptivas e entusiasmadas em experimentar novos alimentos, além de demonstrarem uma preferência crescente por opções mais saudáveis. Elas passaram a associar a alimentação a momentos de prazer, descoberta e aprendizado, em vez de apenas saciar a fome. CONCLUSÃO: Essa experiência reforça a importância de intervenções educativas desde a primeira infância para promover hábitos alimentares saudáveis. O uso de recursos lúdicos e linguagem acessível mostrou-se uma estratégia eficaz e gratificante para alcançar esse objetivo, deixando um legado de conscientização e bem-estar nutricional nas crianças atendidas.